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Política

Nos Estados Unidos, doações a candidatos podem ser feitas até por SMS

A internet que tem ganhado ainda mais destaque na corrida para a Casa Branca, sobretudo com o inesperado sucesso do senador democrata Bernie Sanders na fase das primárias

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Os candidatos têm apelado diariamente para doações, que, nos EUA, passaram a ser permitidas até por SMS Foto: ​Divulgação

São Paulo e Porto Alegre - Quando se fala em doação online para campanhas políticas, a maior referência é a sociedade norte-americana. Os Estados Unidos se preparam este ano para as eleições presidenciais mais caras da história, com gastos que podem bater em US$ 5 bilhões, praticamente tudo financiado pelo setor privado. Os candidatos têm apelado diariamente para doações, que, nos EUA, passaram a ser permitidas até por SMS. Mas é a internet que tem ganhado ainda mais destaque na corrida para a Casa Branca, sobretudo com o inesperado sucesso do senador democrata Bernie Sanders na fase das primárias.

Sanders pediu em diversos momentos para seus apoiadores fazerem doações pela internet. "Quero começar uma captação de recursos aqui e agora", disse em um comício em fevereiro. O sucesso foi imediato. Dois dias depois, ele tinha arrecadado US$ 8 milhões, com cada pessoa doando em média US$ 27, bem abaixo do máximo estipulado pela legislação dos EUA para o financiamento feito por pessoa física diretamente para o candidato, que é de US$ 2,7 mil. Foram cerca de quatro milhões de contribuintes.

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Arrecadar recursos pela internet começou a ganhar força nos EUA nas eleições de 2008, quando o então candidato Barack Obama fez uso crescente das redes sociais para chegar a seus potenciais eleitores. A estratégia deu certo e o democrata arrecadou um recorde de US$ 500 milhões pela internet. Foram membros dessa campanha de Obama que criaram a Revolution Messaging, empresa que cuidou agora da estratégia de Sanders.

Tanto a democrata Hillary Clinton como o republicano Donald Trump têm apelado por doações pela internet ou por mensagem de textos. Mas, ao contrário de Sanders, a campanha deles ainda é majoritariamente financiada por doações dos banqueiros de Wall Street, dos empresários do petróleo do Texas ou das gigantes de tecnologia do Vale do Silício. Pelas regras, empresas e sindicatos são proibidos de doar recursos diretamente ao candidato ou partido, mas podem fazer aportes nos chamados Comitês de Ação Política (PACs, na sigla em inglês).

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Os PACs também não podem fazer doações diretas para os candidatos, mas podem fazer campanha - inclusive com anúncios em TVs - para os políticos que defendem e também sobre temas que acham relevantes, como porte de armas ou aborto. Os chamados Super PACs não têm, desde 2010, limites para receber recursos e não precisam revelar a origem do dinheiro, o que tem gerado críticas dos analistas políticos e da imprensa dos EUA desde as eleições de 2012, por conta da influência do poder econômico nas urnas.

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