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Política

Deputado nega acordo para evitar que CPI convocasse dono da UTC

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) negou ter feito acordo para evitar a convocação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, na CPI que investiga o escândalo de corrupção na Petrobrás. Reportagem da revista Veja aponta que Pessoa realizou doações às campanhas do então líder do PTB no Senado, Gim Argello, e de Delgado para que os parlamentares barrassem a chamada do empreiteiro pela CPI. "Se fosse isso, eu seria um desobediente, pois sou autor do requerimento para ouvir Ricardo Pessoa", afirmou o deputado do PSB, dizendo que "há uma contradição" na história.

Delgado sugere que Pessoa tenha apontado seu nome justamente por ter convocado o empreiteiro para prestar esclarecimentos. "Acho que Ricardo me citou porque o convoquei na CPI", afirmou o parlamentar.

A investigadores da Lava Jato, Pessoa detalhou a realização de doações eleitorais a políticos com recursos oriundos de caixa dois. A campanha de Delgado teria recebido, de acordo com a reportagem da revista, R$ 150 mil da UTC. A delação premiada feita pelo empreiteiro já foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mas as revelações feitas permanecem em sigilo.

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Apontado como um dos parlamentares que receberam repasses da empreiteira, Júlio Delgado anunciou que irá permanecer na CPI até o depoimento de Ricardo Pessoa e vai deixar a comissão posteriormente. "Eu tinha pedido a todos os suspeitos que saíssem da Petrobrás, mas como sou autor do requerimento que convocou Ricardo Pessoa quero ficar até o dia de ouvi-lo", afirmou.

Ele alega que a doação feita pela UTC foi destinada ao PSB e não à sua candidatura. Os valores, segundo Delgado, foram distribuídos a 16 candidaturas, e a dele não está entre elas. "Fico muito confortado. A conta que ele dá como a que realizou depósito para mim (segundo a Veja) não é minha conta, é do partido", afirmou o deputado.

O ex-senador Gim Argello não retornou ligações da reportagem. Ele teria recebido, segundo a revista, R$ 5 milhões em doação oficial para barrar a convocação de Pessoa na CPI.

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