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Política

Temer tenta enquadrar Skaf para que apoie Dilma

Na conversa com o correligionário, Temer lembrou a ele que, se mantiver a postura que tomou, poderá enfraquecer a própria candidatura, pois algumas lideranças tendem a deixá-lo

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Brasília - O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, agiu nesta terça-feira, 29, para enquadrar o candidato ao governo de São Paulo pelo seu partido, Paulo Skaf, exigindo que ele abra palanque no Estado para a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição. Em outra frente, o PT tenta isolar o presidente licenciado da Fiesp, que quer manter a campanha desvinculada da presidente.

Na segunda-feira, 28, Skaf gerou um grande mal-estar na aliança nacional ao publicar em suas páginas oficiais na internet um vídeo em que ironiza as investidas pelo palanque duplo para Dilma no maior colégio eleitoral do País. O peemedebista, na gravação, responde a uma mensagem no celular afirmando que a pergunta sobre o apoio ao PT é coisa de quem "sabe de nada, inocente".

Temer ligou nesta terça-feira para Skaf e avisou: "O PMDB paulista estará com Dilma e comigo na campanha nacional". Diante da resistência do candidato do partido em São Paulo, o vice-presidente poderá convocar uma reunião da Executiva Nacional da legenda para analisar o caso e uma eventual intervenção na campanha.

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Na tentativa de se apresentar como uma terceira via, Skaf tem reiterado que é adversário do PT e do PSDB no Estado e não dará espaço a Dilma em sua campanha, com o receio de ser contaminado pelo alto índice de rejeição à presidente em São Paulo, 47% segundo o Datafolha.

Ato de apoio

O coordenador da campanha de Dilma no Estado, Luiz Marinho, iniciou nesta terça-feira um movimento para cercar Skaf. Marinho conversou com os líderes de todos partidos que compõem a coligação do peemedebista para marcar um ato de apoio a Dilma nas próximas semanas. "A campanha da Dilma vai sair com ou sem o Skaf. No fim das contas vamos ver quem é mais inocente", disse Marinho.

Entre as lideranças de partidos aliados a Skaf procuradas pelo coordenador, nesta terça-feira, estão Carlos Luppi (PDT), Gilberto Kassab (PSD), Paulo Maluf (PP) e o próprio Temer, com quem Marinho vai se reunir ainda esta semana. O petista, no entanto, nega que o objetivo seja isolar Skaf.

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Na conversa com o correligionário, Temer lembrou a ele que, se mantiver a postura que tomou, poderá enfraquecer a própria candidatura, pois algumas lideranças tendem a deixá-lo para ocupar o palanque mais acessível à presidente Dilma, no caso, o do petista Alexandre Padilha.

Skaf ainda foi avisado pelo presidente nacional do partido de que sua candidatura só existe por causa de uma intervenção sua. O vice-presidente também ponderou que foi ele, na condição de líder maior do PMDB, que impediu o partido de fechar aliança com o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Assim abriu a possibilidade da candidatura de Skaf, que vinha do PSB.

Temer reafirmou que o PMDB deverá fazer, sim, campanha para Dilma Rousseff, independentemente da existência da candidatura de Padilha, que tem apenas 4% das intenções de votos, contra 16% de Skaf e 54% de Alckmin. Ele destacou ainda que, pelas pesquisas, hoje não haveria segundo turno em São Paulo.

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Ainda conforme parlamentares ligados ao candidato ao governo de São Paulo, não há como fugir de uma realidade: Geraldo Alckmin está no segundo turno da eleição. Como só resta uma segunda vaga para o segundo turno, esta será decidida entre Skaf e Padilha. Eles lembram que ninguém acredita que o petista manterá apenas o patamar de 4% apresentado hoje nas pesquisas eleitorais, pois o PT, historicamente, costuma chegar a mais de 20%.

Por isso, afirmam os aliados de Skaf, o candidato do PMDB expôs uma situação que talvez o vice-presidente da República não saiba que ocorre em São Paulo: o eleitor petista é tão adversário dos peemedebistas quanto é dos tucanos. Não adianta tentar se aproximar dele, porque ele não vai votar em Skaf.

Nesta terça-feira, ao cumprir agenda em Mauá (SP), Padilha devolveu a ironia de Skaf: "Como dizia a minha avó: quem desdenha muito pode um dia querer comprar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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