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Política

Candidato a deputado pelo DF, tucano propõe 'kit macho'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O empresário Matheus Sathler, candidato a deputado federal pelo PSDB do Distrito Federal, vem causando algum embaraço no partido com sua defesa "contundente" de posições conservadoras. Depois de postar um vídeo em que defendia a criação de um "kit macho" e um "kit fêmea", Sathler foi aconselhado por companheiros de partido a "tomar cuidado" com a forma "meio grosseira" com que expunha suas posições.

O empresário diz ser contra a aproximação do PSDB da bandeira LGBT, de acordo com ele mais relacionada a legendas de esquerda, como o PT. No vídeo, Sathler se compromete a doar metade de seu eventual salário de parlamentar para "o combate e a recuperação de crianças vítimas do estupro pedófilo-homossexual".

Sathler, que em sua página no Facebook aparece em foto ao lado do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), promete ainda lutar para criar o "kit macho" e "kit fêmea", para rivalizar com o "kit gay" que "está ensinando o homossexualismo ao seu filho". "Prevenir o homossexualismo é melhor do que remediar. Então, podemos ensinar nossas crianças a ter seus papeis corretos de sexo."

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Questionado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sobre se havia contradição entre suas posições e bandeiras históricas do PSDB, Sathler, que é filiado desde 2011, disse que o partido se dedica mais às questões econômicas e sociais, onde há grande afinidade de posições.

O candidato se diz revoltado com a alta carga de impostos no Brasil e se define como um "liberal-econômico que acredita na força do empreendedorismo". "A bandeira LGBT nunca fez parte historicamente do partido. O PSDB se posicionava sobre social-democracia, sobre a área econômica, sobre o papel do Estado", argumenta.

Para ele, sua posição não é isolada dentro do partido, mas chama atenção pela maneira mais "contundente" com que é colocada. Ele protesta contra a aproximação do PSDB da bandeira LGBT, que, segundo ele, era mais ligada aos partidos de esquerda. "(O PSDB) É o partido que tem mais vereadores pastores e cristãos. A diferença é a minha forma mais contundente de chamar atenção para a aproximação do PSDB desta bandeira (LGBT) que sempre foi do PT, do PSOL, PSTU", explica.

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Confiante na vitória, "talvez até com uma votação expressiva", Sathler diz estar representando "a população brasileira, que está sufocada pelo discurso único do politicamente correto e muitas vezes moralmente incorreto".

De sua base de apoio, segundo o tucano, vem sua influência dentro do partido. "Política é um jogo de poder, eu tenho uma representação forte. Eu venho militando desde 2008, fui contra o uso das células-tronco embrionárias, pela questão do aborto", diz Sathler, que sustenta que suas posições são respeitadas na legenda mesmo por aqueles que não concordam com elas. "Faz parte do ambiente democrático a gente lidar com diferenças e sentar na mesa para construir algo em comum", finaliza.

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