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Política

Alvo de operação da PF, Marcos do Val tem contas retidas no Twitter e no Instagram

No perfil do senador no Twitter, uma mensagem diz que a conta foi suspensa em cumprimento a uma determinação legal; no Instagram, não está mais disponível

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (15), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador capixaba Marcos do Val (Podemos) teve suas contas retidas no Twitter e no Instagram.

Ao consultar o perfil do senador, é possível ler uma mensagem que diz que a conta foi suspensa em cumprimento a uma determinação legal. 

Já no Instagram, no lugar de seu perfil, aparece a mensagem de que a página não está mais disponível. 

No entanto, não é possível afirmar se as suspensões nas plataformas estão diretamente relacionadas à decisão de Moraes.

Veja imagem abaixo:

Foto: Reprodução / Twitter


Polícia cumpre mandados em Brasília e no Espírito Santo

Os mandados, de acordo com a PF, estão sendo cumpridos nos endereços do senador em Brasília e em Vitória.

Conforme reportagem do Estadão, o senador é investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Em fevereiro deste ano, o senador alegou ter sido coagido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se aliar a ele em um golpe de Estado – mas deu versões diferentes sobre o caso.

Por conta das contradições apresentadas nas falas do senador, Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para verificar se o senador mentiu no depoimento à PF sobre o tal do plano golpista.

Moraes classificou a suposta tentativa de golpe como um episódio 'ridículo', tentativa de 'operação Tabajara'.

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Em um primeiro momento, Marcos do Val afirmou que teria sido recebido por Bolsonaro numa reunião no Palácio da Alvorada e o então chefe do Executivo teria sugerido que o parlamentar gravasse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

Segundo essa versão, Bolsonaro chamou Do Val à residência presidencial para dar a ele essa missão.

Ainda de acordo com o Estadão, após receber ligações do clã Bolsonaro, Do Val mudou o relato. Disse que a ideia não partiu de Bolsonaro, mas do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

"O que ficou claro para mim foi o Daniel achando uma forma de não ser preso de novo, porque toda hora ele descumpria as ordens do ministro (Moraes). Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente (Bolsonaro) comprando a ideia dele", afirmou em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.

À Polícia Federal, o parlamentar disse, também de acordo com o Estadão, que Silveira teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

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Do Val chegou a alegar que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como.

De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

Após a citação, em março, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura de inquérito para investigar suposto envolvimento de Silveira com os atos golpistas de 8 de janeiro.

A reportagem tenta contato com o senador. Em caso de retorno, este texto será atualizado.

*Com informações do Estadão

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