/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Fora da liderança, Renan diz que adotará postura 'independente' a Temer

A saída de Renan do cargo ocorre em meio ao acirramento da crise política que atinge o Palácio do Planalto, com Temer sendo alvo de denúncia por corrupção passiva pela PGR

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
 "Nunca deixei de ser independente, até no governo Dilma eu fiz oposição." Foto: Agência Brasil
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - Após deixar a liderança do PMDB nesta quarta-feira, 28, o senador Renan Calheiros (AL) afirmou que não terá uma postura de oposição, mas de independência em relação a Michel Temer. Em entrevista após discursar no Senado, disse que agora estará mais "à vontade" para criticar o governo.

"Deixei a liderança para ficar à vontade sem as limitações do cargo. Se eu fosse governante eu preferiria ser cercado por pessoas que fazem críticas, não por quem ficasse bajulando o governo", afirmou o senador. "Nunca deixei de ser independente, até no governo Dilma eu fiz oposição."

A saída de Renan do cargo ocorre em meio ao acirramento da crise política que atinge o Palácio do Planalto, com Temer sendo alvo de denúncia por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República.

"Pessoas que queriam fazer as reformas trabalhista e da Previdência achavam que bastava tirar a Dilma (Rousseff) para resolver a economia. Mas não foi isso que aconteceu. Isso foi um erro", afirmou o peemedebista.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Segundo Renan, que há algum tempo já havia adotado postura crítica às reformas propostas pelo governo, sua defesa não será pela renúncia de Temer, mas de que o presidente encontre uma solução que ajude o País a sair da crise. "Não defendo a permanência do presidente Michel Temer pela permanência, nem a saída pela saída. Acho que ele precisa aproveitar a oportunidade para construir a transição, para garantir avanços constitucionais. O Brasil está precisando disso."

A decisão de se afastar da base de Temer envolve também um cálculo eleitoral. Renan deve tentar se reeleger no Senado em 2018 e, para isso, terá que enfrentar a alta rejeição à gestão peemedebista no Planalto em Alagoas, seu Estado. Ao se posicionar contra as reformas, ele tenta se aproximar do discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda bastante popular na região e pré-candidato ao Planalto.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.