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Política

Temer quer interromper ciclo de queda de ministros e estuda falar à imprensa

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O presidente em exercício Michel Temer poderá dar uma declaração à imprensa na tarde desta segunda-feira, 6, para tratar das inúmeras questões delicadas que têm atingido seu governo, como a saída de alguns ministros por conta das denúncias da Operação Lava Jato. A ideia de Temer é interromper o ciclo que se tornou corriqueiro desde que ele chegou ao Planalto, de que, cada denúncia ou crítica a alguém ligado a seu governo acarrete em uma baixa. A avaliação é que esse movimento estaria dando instabilidade ao governo.

O pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer. Segundo interlocutores, o presidente em exercício já havia avisado a todos os membros do governo que estão enfrentando problemas na Justiça que deveriam se antecipar e pedir para sair, para evitar constrangimentos ao Planalto.

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Neste momento, no entanto, não há nenhuma decisão sobre saída do ministro do Turismo. A princípio, a ideia é que Alves, que é amigo pessoal de Temer, permaneça, porque, segundo avaliações, não haveria fato novo em relação às investigações que estão sendo feitas.

Além do problema com Alves, outra questão administrada pelo presidente em exercício é a do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que foi alvo de inúmeras críticas de auxiliares diretos do presidente em relação à sua atuação. Temer ainda vai se reunir com Osório nesta segunda para dar a cartada final, mas a ideia também é contornar as divergências para evitar mais um desgaste.

"Ele ficou deslumbrado com o cargo e agiu de forma indevida em muitos casos", comentou um interlocutor do Planalto ao lembrar que até os servidores da própria AGU já fizeram chegar à Presidência inúmeras críticas a Osório, pelas suas ações. "Está ficando muito difícil de conviver com ele", emendou outro assessor palaciano. "A sua situação está extremamente delicada", acentuou.

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No caso da secretária das Mulheres, Fátima Pelaes, cuja situação também é considerada delicada, o tema está em discussão. O governo, no entanto, considera que, além do problema que ela tem com a justiça, há bombardeio de petistas e movimentos sociais que querem a sua saída devido à sua posição em relação ao aborto. A secretária já se manifestou contrária ao aborto até em caso de estupro.

Fátima é alvo de investigação na Justiça Federal por supostamente haver participado de um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas no Ministério do Turismo, objeto da Operação Voucher, da Polícia Federal, iniciada em 2011.

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