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Política

Prefeito de Guarapari recusa prestar depoimento à CPI da Máfia dos Táxis

Esta foi a segunda vez que o prefeito de Guarapari, Orly Gomes, foi convocado e não compareceu à Assembleia Legislativa do Espírito Santo para depor

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Prefeito de Guarapari não quer depor à CPI da Máfia dos Táxis Foto: TV Vitória
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O prefeito de Guarapari, Orly Gomes (PDT), conseguiu na Justiça uma liminar que o assegurou faltar à CPI da Máfia dos Guinchos - que também investiga irregularidades em táxis - da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) nesta segunda-feira (6). A liminar foi concedida pelo desembargador Júlio Cesar Costa Oliveira. 

Esta foi a segunda vez que o prefeito foi convocado e não compareceu à Ales para depor. O presidente do colegiado, Enivaldo dos Anjos (PSD), considerou o fato uma intromissão da Justiça no funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Já a deputada Janete de Sá (PMN), relatora da CPI, criticou a atitude do prefeito. “Nós não entendemos o porquê de tanta preocupação do prefeito em prestar esclarecimento. Orly Gomes seria respeitado por todos nós e poderia prestar um grande serviço à sociedade trazendo esclarecimentos sobre as denúncias que recaem sobre o município", disse Janete.

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"Eu acho muito estranho quando alguém foge de depoimentos e usa a Justiça pra isso. Foi uma surpresa e lamento que o prefeito não tenha vindo”, declarou a relatora.

Compareceram à reunião o secretário Municipal de Fiscalização de Guarapari, Danilo Carlos Bastos Porto, e o ex-presidente da Comissão de Licitação de Guarapari, Otávio Júnior Rodrigues Postay. 

Bastos Porto, primeiro a depor, afirmou aos deputados que a prefeitura adotou o procedimento de fiscalizar se os táxis com passageiros estão com o taxímetro ligado e medindo o valor da corrida. 
Otávio Júnior Rodrigues Postay, por sua vez, que é atualmente secretário municipal de Saúde, garantiu a existência de máfias dos taxistas. 

Postay afirmou que “em Guarapari existe, pois têm pessoas que acumulam várias permissões. Essa máfia existe, sim”.  Postay esclareceu que as placas não estão em nome das mesmas pessoas, mas sim de parentes, segundo as informações dos próprios taxistas.

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Diante das ameaças que disse sofrer, o depoente pediu proteção à CPI, ao que o presidente do colegiado atendeu, dizendo que fará o pedido à Secretaria da Segurança e ao comando militar. 

O prefeito de Guarapari, Orly Gomes, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu nem retornou as ligações.

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