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Política

CPI da Assembleia pede prisão de dois taxistas por falsidade ideológica

Pedidos de prisão foram feitos após a CPI constatar que dois taxistas cometeram falsidade ideológica, falsificação de documentos e tentativa de impedir investigação

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Deputados Raquel Lessa, Janete de Sá e Enivaldo dos Anjos, integrantes da CPI da Máfia dos Guinchos Foto: Divulgação/Assembleia

A CPI da Máfia dos Guinchos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), que também investiga fraudes em permissões de táxis na Grande Vitória, pediu a prisão preventiva de dois taxistas na manhã desta segunda-feira (13).

O pedido, feito pelo presidente Enivaldo dos Anjos (PSD), aconteceu após Carlos Roberto Agner Filho, permissionário em Vitória desde 2004, permanecer em silêncio diante de questionamentos da CPI. Foi perguntado a Carlos Roberto se ele teria mais de uma placa de táxi - o que é proibido pela legislação - e se conhece pessoas na Secretaria de Transportes da capital.

A conclusão da CPI, depois da consulta aos promotores da Casa, foi de que Agner Filho estaria incurso nos Artigos 299 (falsidade ideológica) e 304 (uso de documento falso) do Código Penal Brasileiro e no Artigo 2º, parágrafo primeiro, da Lei 12.850/2013 (impedir investigação de infração penal).

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A prisão preventiva de Josias José Cerqueira também foi encomendada pela CPI, pelas mesmas razões. Ele seria o terceiro depoente do dia, mas não compareceu à sessão, sob alegação de estar doente. 

Apenas o taxistas Ataíde Mateus resolveu prestar depoimento. Mesmo sem ser permissionário de nenhuma placa de táxi em Vitória, admitiu que paga R$ 2 mil para administrar placas de terceiros através de procuração. 

“Eu sempre fui defensor e há quatro anos não atuo mais. Administro duas placas de táxi em Vitória, uma no aeroporto, que eu pago dois mil reais de aluguel, e uma no hotel Alice, que eu recebo do proprietário 40% do lucro do táxi", disse.

"O dono do táxi é um oficial reformado da PM. A outra placa de táxi que eu administro é de Vila Palestina, em Cariacica. A proprietária mora nos EUA e eu pago um salário mínimo pelo aluguel do táxi”, afirmou Ataíde Mateus. 

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Ao ser questionado pela relatora da CPI, deputada Janete de Sá (PMN), se ele já tinha sido fiscalizado pela prefeitura, o depoente garantiu que nunca houve essa fiscalização.

“O depoimento do senhor Ataíde Mateus e a postura do Carlos Roberto Agner Filho são preocupantes. Na verdade essas pessoas que têm procurações não são os grandes culpados. O culpado é o poder público que não fiscaliza. A lei é clara, o permissionário tem que trabalhar, no mínimo 8hs por dia no seu veículo, e isso não é fiscalizado", afirmou a deputada. 

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