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Política

PSDB capixaba quer eleger 16 prefeitos e 100 vereadores nas eleições de 2016

Jarbas Assis

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Presidente tucano diz que é cedo para falar de eleições presidenciais. É hora de fortalecer municípios Foto: Divulgação
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Ainda é cedo para o lançamento de nomes para as disputas eleitorais de 2018. Pelo menos, esta é a opinião do presidente do PSDB do Espírito Santo, o médico Jarbas Assis, que foi eleito para o pleito 2015-2017. Mas aposta que o nome do senador Ricardo Ferraço nos quadros do partido seria um grande reforço à sigla, caso ele consiga autorização, sem ser barrado pela legislação por infidelidade partidária.

Antes de discutir as eleições presidenciais, o tucano acredita que seja mais importante fortalecer o partido nas eleições municipais. Para isso, o partido está promovendo eleições nos diversos diretórios capixabas. Até o momento foram realizadas disputas em 67 municípios do ES. 

Confira abaixo a entrevista na íntegra: 

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Folha Vitória - Como analisa o momento atual que vive o país?
Jarbas Assis -
Este é um momento que nenhum brasileiro gostaria de viver. Nenhum brasileiro que se envolveu com a campanha eleitoral gostaria de estar vendo o que está acontecendo. Durante a campanha disseram que o país estava bem, que tinha saído daquela situação de crise. Mas quando vemos a quantidade de demissões nas empresas, sentimos que a situação é muito dramática, não esperávamos que tivéssemos de passar por problemas com inflação alta e poucas perspectivas de melhora para o trabalhador. 

FV - Qual a expectativa que se tem?
JA -
Acredito que a recuperação deve demorar. Se derem condições ao ministro da Fazenda, de trabalhar, acredito que em dois, três anos a crise passe. Mas existem duas situações: uma é a credibilidade. O governo vendeu uma história em outubro do ano passado de que a situação era tranquila e agora é outra. E outra situação é o próprio partido da presidente, que não aceita as medidas tomadas pelo ministro da Fazenda e boicota a política econômica implantatada por ele. Díficil a tarefa do ministro e talvez não tenha condições de reverter essa situação. 

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FV - Quais as diretrizes traçadas pelo partido até 2017, sob a sua gestão?
JA -
Nosso planejamento foi feito ano passado. O partido se reuniu em dezembro de 2014, depois de perdermos a eleição. Fizemos avaliação para os próximos quatro anos com o objetivo de vencer as eleições de 2018. E a primeira etapa para se chegar forte em 2018 será com as eleições municipais. Primeiro objetivo é ampliar a base eleitoral municipal. Esta é a primeira batalha de uma guerra. O diretório estadual que foi eleito tem a missão de executar isso no Espírito Santo. Atualmente temos oito prefeitos e 50 vereadores e a nossa primeira meta e dobrar esses números no ano que vem.

FV - Como o PSDB tem feito?
JA -
Desde janeiro, fizemos reuniões com municípios, estamos renovando os diretórios do partido. Renovamos 67 municípios. Mudamos as direções para essa batalha do ano que vem. Esperamos que contribua para ampliar a base eleitoral no Espírito Santo.

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FV - Por que decidiram fazer eleições em todos os diretórios do estado?
JA -
A ideia é aumentar o número de prefeitos e vereadores. Agora faltam 11 municípios que ainda não conseguiram definir uma direção. A missão da atual executiva é buscar melhor nome do município, um nome forte.

FV - Como avalia a polêmica em torno da eleição no diretório de Vitória?
JA -
Essa situação vem de muito tempo atrás. E tentaram usar a política para resolver esses problemas. Habilidade é uma arte. Queríamos agregar atores políticos para um determinado objetivo. Pode acontecer na vida como um todo. No caso de Vitória essa arte tem falhado, foi substituída por arrogância, prepotência de alguns. Em primeiro lugar, não recebemos até agora nenhum motivo que justificasse a anulação da eleição do diretório de Vitória. O que aconteceu foi que uma chapa conseguiu mais simpatizantes que a outra.

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FV - Mas houve denúncia de que algumas pessoas teriam sido filiadas de forma irregular?
JA -
A denúncia está sendo analisada. A Comissão de Ética do partido irá analisar todos os lados da situação. Vamos ver se o fato tem comprovação. Vamos aguardar a avaliação da Comissão de Ética.

FV - A questão do filiado Armando Fontoura ainda não foi avaliado?
JA -
A questão chegou a Brasília e, em função da repercussão, até pelas redes sociais, atingiu o partido no país inteiro. O caso será avaliado pela Comissão de Ética. Quanto à eleição, não encontramos nada que justificasse a anulação da eleição em Vitória. A chapa vencedora até fez uma composição com membros perdedores. Esperamos que consigamos fazer mais política em Vitória.

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FV - O novo presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, adiantou-se em três anos as eleições e 2018 e lançou o nome do governador Geraldo Alckmin à presidência. O senhor acredita que foi cedo demais?
JA -
Acho que é muita precipitação, o que contribui para dividir o partido. É certo que temos dois nomes: o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador Aécio Neves. Mas não é a hora disso. Discutimos isso no final do ano passado. Primeiro temos de fortalecer os municípios. Vamos discutir eleição na hora certa.

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FV - Alguns líderes dos movimentos de rua disseram que o senador Aécio Neves não estaria mais ouvindo as vozes das ruas e que o senador Ronaldo Caiado (DEM), aliado do PSDB, e representante da oposição, estaria cumprindo esse papel nas ruas. Como o senhor analisa isto?
JA -
Houve muito debate se ele (Aécio) deveria participar dos movimentos. Mas em um primeiro momento, sentimos a rejeição aos partidos. Os partidos foram rechaçados e a presença do Aécio daria esse cunho partidário e prejudicaria o movimento de rua, que é um movimento legítimo, então, decidiu que ele não ficaria à frente dos movimentos. Nossos deputados e militantes ficaram na parte baixa das manifestações. É importante não parecer que havia controle dos partidos, este foi um movimento espontâneo das ruas. Quanto à participação do senador Ronaldo Caiado, ele é um líder de oposição e teremos mais de um candidato de oposição. Até porque a impressão que temos é que haverá mudança em 2018.

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FV - Existe um burburinho de que o senador Ricardo Ferraço (PMDB) estaria de mudança para o PSDB. Em que patamar está esse movimento?
JA -
O senador Ricardo Ferraço é, em Brasília, um senador de oposição muito importante. O vice-governador César Colnago, o deputado Max Filho e o presidente do Bandes, Luiz Paulo, conversaram sobre a vinda dele para o partido. Eles nos consultaram para ver se haveria algum impedimento. Pelo contrário. Ele será bem-vindo ao partido. Gostaríamos da presença dele aqui, é importante. Mas depende dele. Se quiser mudar, o PSDB está disponível. Será uma força a mais no projeto de reconstruir o PSDB. Estamos aguardando para saber qual será a decisão. Sabemos que é difícil a mudança partidária, mas vamos esperar. O senador tem uma história e se ele vier, será importante na renovação, na reconstrução do partido no Espírito Santo.

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