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Política

Movimento LGBT critica declaração de arcebisto de Vitória sobre identidade de gênero nas escolas

Segundo Toninho Lopes, o termo “ideologia de gênero” foi implantado nos discursos da mídia por fundamentalistas religiosos. Para ele, o discurso dos neopentecostais, é sem fundamento

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Toninho Lopes critica postura das igrejas que teriam criado termo para confundir a população Foto: Divulgação
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Se as discussões em torno do Plano Estadual de Educação já foram quentes na Assembleia Legislativa, na sociedade em geral promete mais polêmicas. O coordenador do curso “Gênero e Diversidade na Escola” da Ufes, Toninho Lopes, lamentou nesta terça-feira (23), a postura adotada pelo arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela.

Segundo ele, o termo “ideologia de gênero” foi implantado nos discursos por fundamentalistas religiosos.

“A ideologia de gênero é uma fraude inventada por fundamentalistas religiosos que negam a academia, negam as pesquisas e negam os fatos. Eles cunharam esse termo para confundir a população. Agora lamento a postura do arcebispo de Vitória que se rebaixou ao nível dos neopentecostais que jogam com a mentira”, alfinetou Toninho Lopes.

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Para o representante do movimento LGBT, o discurso usado pelos neopentecostais, ao criar o termo, é raso e sem fundamento.

“Não existe isso de ideologia de gênero. Quem trabalha e pesquisa a questão do gênero faz uma reflexão sobre esses papéis. Para se ter uma ideia fazemos a reflexão do por quê o Espírito Santo é o estado em que mais se mata mulheres. Refletimos também porque as mulheres trabalham mais e recebem menos. Então, como se pode ver, as questões propostas são para que a população reflita sobre o assunto”, explicou Toninho Lopes.

O arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, foi procurado para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado.

Em Vila Velha, a discussão do Plano Municipal de Educação está na Comissão de Educação que promove audiência pública na Câmara Municipal. Mas, ante à polêmica com o termo “ideologia de gênero”, o prefeito Rodney Miranda (DEM) decidiu retirá-lo do texto a ser votado no plenário nesta quarta-feira (24).

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Já em Vitória, a audiência pública para discussão do assunto foi proposta pelo vereador Zezito Maio (PMDB), que segundo sua assessoria, vem recebendo muitos pedidos de retirada do termo do texto do Plano Municipal de Educação. Durante a audiência pública realizada na segunda-feira (22), representantes da Ufes e do Ifes reclamaram e solicitaram a retirada do termo do texto.

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