/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Janelas são fechadas com tapumes em casa de operador da Odebrecht em genebra

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Genebra - Bernardo Freyburghaus, operador das propinas da Odebrecht e buscado pela Interpol, colocou tapumes nas janelas de seu apartamento em Genebra, na Suíça, para evitar que o movimento dentro de seu apartamento na Suíça seja visto.

Nesta sexta-feira, 19, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo o procurou no endereço que ele indicou para a polícia brasileira no início do ano, quando foi convocado a depor. Mas ninguém se apresentou depois de a reportagem tocar o interfone. As luzes da cozinha estavam acesas e algumas das janelas estavam abertas.

Na caixa de correio, seu nome ainda está registrado ao lado de sua mulher, num apartamento de luxo em Genebra e avaliado em US$ 3,5 milhões à beira do rio Ródano.

Há dois meses, a reportagem o acompanhou pelas ruas de Genebra. Ao se dar conta que se tratava de um jornalista, ele passou a ofender a reportagem e xingar em plena rua. Freyburghaus insistiu que não conhecia nenhum dos nomes citados na investigação, como os ex-diretores e gerentes da Petrobras. "Não conheço ninguém", disse.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Ao ser questionado sobre o fato de que os delatores do caso da Petrobras terem o citado, ele apenas alertou que a imprensa estava "sendo usada". "Vocês são uns merdas. Você é um merda", atacou.

Naquele momento, ele não hesitava em aparecer na janela de seu apartamento e chegava a fazer churrasco.

O Ministério Público, dias depois, pediria que a Suíça o interrogasse e ainda congelasse seus bens por conta de seu envolvimento no processo de investigação. Segundo a delação premiada de pelo menos dois ex-diretores da Petrobras, a Odebrecht havia indicado o operador como a pessoa que deveria ser procurada para a abertura das contas na Suíça. Freyburghaus tinha até mesmo o direito de movimentar as contas em nome dos correntistas.

Quando a operação eclodiu, ele alegou que era suíço e que tinha "residência permanente" em Genebra. Seu escritório no Rio de Janeiro passou a ficar vazio e a alegação dos advogados era de que o número de clientes havia caído.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.