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Política

Irmão e assessor de senadora são liberados da prisão durante investigação da PF na Codesa

Ambos são alvos na operação Corsários, da Polícia Federal (PF), que investiga indícios de corrupção na Companhia Docas do Espírito Santo, entre 2015 e 2018

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
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Foto: Codesa/Divulgação
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O ex-coordenador de Serviços Gerais da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Edward Dickson de Freitas, irmão da senadora Rose de Freitas (MDB), e o ex-coordenador de Tecnologia da Informação da empresa pública e assessor da parlamentar, Ricardo Saiter Mota, foram soltos na manhã desta segunda-feira (17). Eles foram liberados mediante decisão judicial, informou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). 

Dickson e Saiter estavam presos desde a última quarta-feira (12), por causa das investigações da operação Corsários, da Polícia Federal (PF), que apura indícios de corrupção na Codesa, responsável pela administração do Porto de Vitória. 

Ainda de acordo com a Sejus, eles estavam presos no Centro de Detenção Provisória (CDP 2) em Viana. Ambos eram alvos de mandado de prisão temporária, que tem prazo de duração de cinco dias e pode ser prorrogado por mais cinco. O pedido de detenção não foi estendido. A operação segue sob sigilo.

Operação Corsários

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Para a PF, Edward Dickson de Freitas e Ricardo Saiter Mota agiam ao manobrar contratos de licitação, influenciando na escolha de empresas que prestariam serviços à companhia estatual e promovendo desvio de dinheiro por meio de superfaturamento de contratos. A senadora Rose de Freitas é investigada por indicar pessoas em postos-chave na administração da Codesa, favorecendo o esquema.

Segundo as investigações, a organização criminosa atuou na Codesa entre os anos de 2015 e 2018. A operação contou com a participação de 44 policiais, cumpriu dois mandados de prisão temporária e dez mandados de busca nos municípios de Vitória, Cariacica e Serra, no Espírito Santo, e em Brasília, no Distrito Federal. 

Na capital federal, os agentes estiveram no apartamento funcional da parlamentar. O grupo teria movimentado valores por meio de um escritório de advocacia e utilizado a compra de imóveis de luxo para lavar dinheiro. Até o momento, em dois contratos, a PF mapeou cerca de R$ 9 milhões em desvios.

O que diz Rose de Freitas

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A senadora Rose de Freitas (MDB) negou qualquer tipo de envolvimento no esquema. Em comunicado divulgado na noite da última quarta-feira (12), a parlamentar disse ter sido surpreendida pelo mandado de busca e apreensão cumprido em seu apartamento funcional, em Brasília, na manhã desta quarta, e pelas prisões de seu irmão e de seu assessor, ocorridas no Espírito Santo.

"Fui surpreendida hoje, às 9h, pelo mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Nunes Marques, do STF, no meu apartamento funcional onde resido, em Brasília. Desconheço, até o momento, as razões do mandado e reafirmo não ter cometido qualquer ato ilícito ao longo dos oito mandatos exercidos na vida pública. Fui igualmente surpreendida pelas prisões de meu irmão e de meu assessor, realizadas no estado do Espírito Santo. Confio no restabelecimento da verdade e na apuração das possíveis motivações que ensejaram tamanha agressão. Identifico claramente uma tentativa de desabonar minha honra e dignidade", afirmou Rose de Freitas.

A parlamentar ressaltou ainda que está tomando as medidas legais cabíveis para esclarecer os fatos.

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"Não cederei a pressões de qualquer natureza, venham de onde vierem. Providências legais cabíveis estão sendo tomadas para que os fatos sejam devidamente esclarecidos e apurados. Sempre exerci com coragem, ética e dedicado trabalho os mandatos que honradamente recebi do povo do Espírito Santo. Todos os demais esclarecimentos serão prestados pelos nossos advogados, que se pronunciarão oportunamente", completou.

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