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Política

Líder do DEM vai pedir declaração de vacância da presidência da Câmara

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), afirmou nesta segunda-feira, 16, que apresentará amanhã, 17, no plenário, questão de ordem pedindo a declaração da vacância da presidência da Casa. A argumentação é de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não tem previsão para voltar ao comando da Câmara nem ao mandato parlamentar, após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar seu afastamento.

De acordo com Avelino, a questão de ordem será apresentada por ele, mas tem apoio de partidos da antiga oposição ao governo Dilma Rousseff, como PSDB e PPS. O deputado tenta articular para que o questionamento seja respondido já nesta terça-feira pelo presidente da sessão. Caso a decisão seja favorável a eles, o líder explica que ela deverá ser submetida ao plenário da Câmara. Se rejeitada, ele pretende recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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A expectativa de Avelino é de que o colegiado acate a questão de ordem. Ele lembra que já há parecer feito pela equipe técnica da CCJ defendendo novas eleições para presidência da Casa, atualmente comandada interinamente pelo 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), em razão do afastamento de Cunha. O estudo foi feito à pedido do presidente da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e apresentado na última sexta-feira, 13.

"Decidindo essa questão, Maranhão passaria a ser uma questão menor", afirmou o líder do DEM, ponderando que, mesmo assim, continuará contestando a presidência interina de Waldir Maranhão até que o novo presidente seja eleito. Para o parlamentar, a pressão não atrapalhará o governo Michel Temer, como dizem aliados do peemedebista, pois as medidas provisórias que estão sendo enviadas pelo novo presidente têm pelo menos 90 dias de validade.

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"O presidente Temer tem pelo menos uma semana para ajudar a resolver, porque não tem matéria nova para ser votada nesse período. (...) As MPs que estão vencendo o prazo são do governo passado", disse. O líder do DEM comentou que conversou com Michel Temer sobre o assunto na semana passada, mas o vice-presidente tem dito que não se envolverá diretamente no imbróglio, embora pediu para alguns de seus auxiliares tentarem buscar uma solução.

Caso a CCJ rejeite a questão de ordem, Pauderney Avelino diz já ter pronto um mandato de segurança para protocolar no Supremo, pedindo a declaração da vacância do cargo de presidente da Câmara. O líder explicou que só não ajuizou antes a ação, pois ela precisa ter como base a questão de ordem que será apresentada nesta terça-feira. "O Maranhão não tem condições de continuar presidindo depois do papelão que fez", afirmou.

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Além da questão de ordem, líderes do DEM, PSDB e PPS chegaram a pensar em apresentar um projeto de resolução declarando vago o cargo de presidente da Câmara e a realização de novas eleições para o posto em até cinco sessões. A ideia, contudo, foi deixada em segundo plano, pois dependeria do presidente da Casa para ser colocada em pauta. Ou seja, dependeria de Maranhão, o que poderia acabar não se concretizando.

Os questionamentos a serem apresentados pela antiga oposição vão de encontro ao entendimento da Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara. Para o setor da Casa, a decisão do Supremo Tribunal Federal apenas suspendeu o mandato de Eduardo Cunha e, mesmo que por tempo indefinido, não é suficiente para declarar o cargo de presidente da Câmara vago - uma das condições para realização de novas eleições.

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