/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Lewandowski: não vou assumir papel de 'protagonista' no processo de impeachment

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira, 12, que vai assumir a condução jurídica do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, mas que não vai ter um papel "protagonista" durante o processo.

"Não tem nenhum protagonismo. É simplesmente coordenador do processo, presidente dos trabalhos. A função é garantir que a denúncia possa se explicitar da forma mais clara possível e que a defesa possa exercer o contraditório", afirmou.

O ato da transferência do comando dos trabalhos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para Lewandowski está marcado para as 16h. Em seguida, ele vai se reunir com líderes do Senado para conversar sobre o processo.

Segundo o presidente do STF, ele vai funcionar como uma "instância recursal" neste momento. Lewandowski afirmou que vai tomar as decisões sobre as questões que forem colocadas durante o julgamento sozinho, como aconteceu em 1992, durante o impeachment de Fernando Collor de Mello. "Não cabe consultar outros ministros. Eu sou o presidente do processo de impeachment e cabe a mim essa competência", disse.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

O presidente do Supremo defendeu que a denúncia contra Dilma que será julgada pelos senadores nesta segunda fase deverá ser a mesma dessa primeira, quando foram levados em conta apenas questões como as pedaladas fiscais e não casos envolvendo a Operação Lava Jato.

Lewandowski defendeu ainda que o acúmulo das funções não vai interferir no funcionamento do STF. "Creio que não. Não vejo essa possibilidade de comprometer os trabalhos. Se houver alguma coincidência de horários, a ministra Cármen Lúcia assumirá (a presidência do STF). "Eu fico aqui (no Supremo) e estarei no Senado quando necessário. Basicamente, despacharei daqui", disse.

Novo governo

Lewandowski evitou fazer juízo de valor sobre a decisão tomada pelo Senado de afastar a presidente. "Não avalio decisão do Senado. Não me cabe avaliar", disse.

Outros dois ministros da Corte, porém, afirmaram reservadamente que estavam "torcendo" para que o governo Michel Temer dê certo e para que o peemedebista consiga tirar o País da crise econômica.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.