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Política

'Estado' e USP promovem debate sobre corrupção

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - A corrupção está presente em todas as sociedades do mundo, mas a peculiaridade no Brasil é ter se tornado um fenômeno "de natureza sistêmica", enraizado na experiência política e social nacionais, segundo o pesquisador José Álvaro Moisés, diretor científico do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da USP. O problema, diz, não é só econômico ou institucional, mas cultural - e precisa ser encarado também nesse plano para ser resolvido.

"Só recentemente estamos caminhando na direção da criação de um sistema de integridade no País que reconhece a existência da corrupção e prevê mecanismos de verificação, controle e punição do fenômeno", diz o pesquisador, que será um dos palestrantes do segundo evento da série USP Talks, ao meio-dia desta quarta-feira, 25, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073). O projeto é fruto da parceria entre a USP e o jornal O Estado de S. Paulo, com apoio da Livraria Cultura, que propõe trazer especialistas da comunidade acadêmica para conversas sobre temas relevantes do noticiário.

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Gustavo Justino de Oliveira, professor da Faculdade de Direito, especialista em Direito Administrativo e responsável pela recém-criada disciplina de pós-graduação Corrupção na Administração Pública, também participa do evento. "A corrupção perpassa os mais variados níveis e espécies de estruturas, tanto públicas quanto privadas", diz ele, que vai falar sobre as causas do problema e as estratégias mais eficientes para combatê-lo. Segundo ele, a corrupção é endêmica e contagiosa. "Quem entra em contato com esse ambiente tende a ser contaminados", diz. "No Brasil nenhum partido detém o monopólio da corrupção, mas o partido que está no poder tem o dever de combatê-la", define Oliveira. A Operação Lava Jato, segundo Moisés, é um sinal que é possível enfrentar o problema e "mudar essa cultura política".

O USP Talks é realizado na última quarta-feira de cada mês. Cada palestrante falará por 15 minutos, e na sequência haverá 30 minutos para debate com a plateia. O evento é gratuito e será transmitido ao vivo pelo canal do USP Talks no YouTube.

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