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Política

Temer e aliados cobram apoio do PT na votação do ajuste fiscal

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília, Curitiba e São Paulo - O vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros que representam partidos da base aliada vão cobrar da presidente Dilma Rousseff, na reunião de coordenação política que será realizada nesta segunda-feira, 25, uma posição do governo em relação à postura do PT nas votações no Senado, esta semana.

Depois de nova rebeldia no PT, desta vez do senador Lindbergh Faria (RJ), que assinou manifesto contra as medidas de ajuste e o corte proposto pela equipe econômica, na semana passada, Temer receia não conseguir convencer os aliados a votar pelas medidas de ajuste fiscal, no Senado, enquanto o PT se comporta como "bonzinho", deixando todos os ônus das medidas impopulares para o PMDB e demais partidos da base.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que sexta-feira deixou clara sua irritação com os termos do ajuste, ao não comparecer ao anúncio do corte do Orçamento, por ser menor do que ele queria, estará na reunião.

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Já estão no Palácio do Planalto para a reunião os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; das Cidades, Gilberto Kassab; e da Previdência Social, Carlos Gabas; da Justiça, José Eduardo Cardozo; das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto; e da Comunicação Social, Edinho Silva. Também já estão no local os líderes do governo no Congresso, José Pimentel; do PT na Câmara, José Guimarães; e do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MT).

Na reunião, Temer quer cobrar de Dilma qual o caminho deve ser seguido pelo governo no caso das votações, já que considera "absurdo" o posicionamento do senador Lindbergh, que repetiu exemplo do deputado Carlos Zaratini (PT-SP) na Câmara, que levou à derrota do governo na Medida Provisória 664, que aprovou a alteração do fator previdenciário.

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"O cheiro é de derrota quando o PT faz estas coisas", disse um interlocutor de Temer, ao lembrar que a postura de Zaratini desarticulou tudo na Câmara e que, agora, Lindbergh repete o gesto no Senado, com mais pompa. Lembra ainda o agravante de que, no governo, o que se ouve é que não há o que fazer contra Lindbergh porque ele estaria agindo assim "por sobrevivência política", depois de ter seu nome citado na Operação Lava Jato. Este interlocutor avisa que "quem não vai sobreviver é o governo por inteiro se essas dissidências gritantes continuarem".

Desde quinta-feira, Temer e os peemedebistas ficaram irritados com a postura de Lindbergh. O vice-presidente não gostou também de não ter sido chamado para a reunião realizada na Granja do Torto, na sexta-feira, na qual estavam presentes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vários ministros petistas.

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Esse ato, lembrou um assessor, repete o que ocorreu logo que foi criado o núcleo político do governo, quando uma grande reunião petista foi realizada no Palácio da Alvorada só com ministros petistas. Na de sexta-feira, a questão das votações da semana e os problemas enfrentados no Congresso também foram discutidos. Temer quer saber se o PT seguirá apoiando o ajuste fiscal ou se isso terá "de ficar nas costas só da base aliada", o que classifica como "inadmissível".

O governo precisa aprovar no Senado esta semana as Medidas Provisórias 664 e 665, que propõem alterações nas concessões de benefícios trabalhistas e previdenciários. As duas MPs integram o ajuste fiscal.

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