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Política

PSDB espera parecer de juristas e marcha para pressionar por impeachment

Entre as novas informações encaminhadas aos advogados estão a defesa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ao Tribunal de Contas da União (TCU)

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Foto: Agência Brasil
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Dividido, o PSDB adiou mais uma vez a discussão sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À procura da argumentação jurídica ideal e à espera do melhor momento para apresentar o requerimento à Câmara dos Deputados, os tucanos vão aguardar os pareceres de três juristas para definir sua estratégia de ação. A oposição torce também para que a chegada de manifestantes no dia 27 de maio, a Brasília, seja suficiente para pressionar o início do processo de impeachment.

PSDB, DEM, Solidariedade e PPS cancelaram uma reunião prevista para a quarta-feira (6), com o objetivo de debater o encaminhamento do pedido de impeachment. De última hora, o encontro foi cancelado sob o argumento de que o líder da bancada tucana na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), vai levar na próxima semana ao jurista Miguel Reale Júnior documentos adicionais que ajudarão a embasar seu parecer jurídico. Ives Gandra Martins e José Eduardo Alckmin são os outros juristas consultados pelos oposicionistas.

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Entre as novas informações encaminhadas aos advogados estão a defesa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ao Tribunal de Contas da União (TCU). No documento, Costa responsabilizou a presidente Dilma Rousseff pela compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O TCU apontou prejuízo de US$ 792 milhões no negócio. A defesa ao TCU e o depoimento de Costa à CPI da Petrobras nesta semana são as principais apostas da oposição para engrossar o pedido de impedimento de Dilma.

"(A decisão sobre o impeachment) Envolve o componente jurídico, da pressão popular e nisso, quanto mais coesão por parte dos partidos de oposição, mais firme será o movimento", declarou o líder da bancada do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

Os partidos de oposição consideram que o pedido de impeachment será protocolado em algum momento, mas há uma série de componentes que precisam ser calculados para que não haja recuo no futuro. Há dúvidas, por exemplo, sobre a melhor oportunidade para o protocolo, já que nos últimos dias o governo conseguiu melhorar sua imagem e os movimentos de rua esfriaram, mas agora há sinais de que a popularidade de Dilma deve voltar a cair. "Não podemos dar um passo para depois recuar", explicou Mendonça.

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Outro ponto em discussão é o melhor argumento para se pedir a saída da presidente da República. Alguns tucanos acreditam que a crise do governo ainda está no início e que é necessário definir qual investigação contra a petista vai prosperar mais rapidamente: as descobertas da CPI da Petrobras, a investigação sobre as "pedaladas fiscais" ou o andamento das apurações da Operação Lava Jato. "Não tem uma fundamentação jurídica ainda", concluiu um tucano.

No que depender do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, o pedido de impeachment deve ser protocolado antes do fim do mês, quando o Movimento Brasil Livre chegará em marcha à capital federal. A expectativa é que a presença dos manifestantes ajude a convencer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a dar início ao processo de impeachment.

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