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Política

Para expor PT e base, oposição coloca em prática "kit obstrução"

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - A oposição na Câmara começou no fim da tarde desta quarta-feira, 6, a colocar em prática o chamado "kit obstrução" com o objetivo de adiar, ao máximo, a votação do mérito da Medida Provisória 665 e também provocar os deputados do PT e dos demais partidos da base a revelarem, individualmente, como vão votar na proposta que altera as regras de concessão de seguro-desemprego e auxílio-moradia. A estratégia oposicionista havia sido decidida ontem pela manhã, em reunião da qual participaram representantes do DEM, do PSDB, do PPS e um aliado do governista PP.

Há pelo menos duas horas e 30 minutos, os parlamentares discutem pedidos feitos pela oposição amparados no regimento interno da Câmara. O primeiro deles, rejeitado por 229 votos a favor contra 180 contra, tentava retirar da pauta do plenário a MP 665, a primeira do ajuste fiscal.

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Em seguida, a oposição tentou barrar, por meio de um requerimento, se a análise da MP é admissível pelo plenário da Câmara. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou o pedido monocraticamente, a oposição recorreu da decisão ao plenário e perdeu novamente.

No momento, os deputados votam um pedido para que seja encerrada a fase de discussão da MP para se apreciar logo o mérito da proposta. Nesse caso, os votos serão dados individualmente.

Até o momento, parlamentares da base e da oposição já apresentaram 10 destaques para analisar pontos da MP separadamente ao texto global. A oposição quer que os deputados aliados, principalmente do PT, apresentem como vão votar em pontos como a redução do prazo de carência do seguro-desemprego.

Em discurso no plenário, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), pediu aos presentes para se prepararem para uma longa discussão, uma vez que o debate será igual à Medida Provisória dos Portos. Nessa votação, há dois anos, a Casa varou duas madrugadas votando o marco regulatório para o setor. "Eu não venho aqui com outra arma a não ser com o regimento interno", disse Mendonça Filho. "A guerra vai ser longa", completou.

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