Ex-secretário da Fazenda do ES, Bruno Funchal será braço direito de Paulo Guedes
Funchal vai assumir Secretaria da Fazenda, do Ministério da Economia, após Waldery Rodrigues deixar o cargo
O ex-secretário da Fazenda do Espírito Santo, Bruno Funchal, vai assumir a Secretaria da Fazenda, do Ministério da Economia. Desde julho de 2020, Funchal está no comando do Tesouro Nacional. Em uma posição de ainda mais destaque, será o braço direito de Paulo Guedes na pasta.
A nomeação ocorre após o ministro da Economia demitir Waldery Rodrigues do cargo. A saída vem depois de uma série de embates em torno da sanção do Orçamento de 2021, que sofreu um veto de R$ 19,8 bilhões em despesas e um bloqueio adicional de R$ 9,3 bilhões. A área comandada por ele foi uma das mais ferrenhas defensoras do ajuste no Orçamento por conta da maquiagem em despesas obrigatórias, como os benefícios previdenciários, uma visão contrária à do Congresso, de que a peça poderia ser sancionada integralmente.
Segundo relatos feitos à reportagem, Waldery queria ficar no cargo até junho, mas o Orçamento mostrou a necessidade de antecipar uma mudança que já estava no radar. A condução do processo pelo atual secretário foi muito criticada pela ala política, mas o trabalho de Waldery também costuma ser alvo de outras áreas dentro do Ministério da Economia, que reclamam que as decisões importantes "travam" na Fazenda.
Para o lugar de Funchal no Tesouro, Paulo Guedes pode buscar um nome dentro da própria pasta. Jeferson Bittencourt, assessor especial de Relações Institucionais e funcionário de carreira, é cotado para assumir o cargo.
Quem é Bruno Funchal
Funchal é bacharel pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). É professor titular da FUCAPE Business School e foi pesquisador visitante na Universidade da Pensilvânia. Em 2017 e 2018, ele foi Secretário de Fazenda do Espírito Santo, na Gestão Hargung, e atuou como um dos responsáveis pelo processo de ajuste das contas estaduais.
Com informações do Estadão