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Política

Nova lista da Odebrecht aponta mais oito políticos capixabas

O vice-governador César Colnago, o prefeito de Vila Velha Max Filho, o prefeito da Serra Audifax Barcelos, além da ex-deputada federal Iriny Lopes constam na lista divulgada nesta sexta (14)

Redação Folha Vitória
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Diversos políticos capixabas e de todo o Brasil foram citados em delação de ex-executivos da empresa nos últimos dias Foto: ​Divulgação

Treze parlamentares capixabas foram citados como beneficiários de recursos, via caixa dois, em nova lista divulgada pelo ex-funcionário da Odebrecht, Benedicto Júnior. Nesta relação de citados por Benedicto, em sua delação premiada com a Lava Jato, há oito políticos citados pela primeira vez, dentre eles o vice-governador César Colnago (PSDB) e os prefeitos de Vila Velha, Max Filho (PSDB), e da Serra, Audifax Barcelos (Rede). A notícia foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (14).

Além dos três, os outros que ainda não haviam sido citados são o deputado estadual Esmael Almeida (PMDB), a ex-deputada federal Iriny Lopes (PT); o ex-presidente da Câmara de Vitória Alexandre Passos (PT); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Sérgio Borges (ex-PMDB) e o ex-presidente do Funcef Guilherme Lacerda (PT).

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A lista se completa com o nome de cinco outros políticos já citados anteriormente em delações de ex-excutivos da Odebrecht: o governador Paulo Hartung (PMDB); o ex-governador Renato Casagrande (PSB); o senador Ricardo Ferraço (PSDB), além do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS) e do ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).

Segundo o jornal, Benedicto Júnior entregou para a equipe da Lava Jato uma planilha de com doações de R$ 246.612.801,00 de caixa dois a 187 políticos, feitas entre 2008 e 2014.

Os investigadores suspeitam que parte dos valores repassados a título de doação de caixa 2, na verdade, era propina. Muitos políticos receberam em períodos que não disputaram eleição.

As respostas

Procurados pela reportagem, o vice-governador César Colnago, o prefeito de Vila Velha Max Filho, o prefeito da Serra Audifax Barcelos e a ex-deputada federal Iriny Lopes responderam através de nota. O Folha Vitória não conseguiu contato com os outros três citados na lista pela primeira vez.

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César Colnago (PSDB): "Estou muito tranquilo. Não pedi doação para a Odebrecht, não conheço o delator. Defendo a apuração rigorosa e vou prestar todos os esclarecimentos, até porque é importante mostrar para a sociedade quem cometeu crimes e quem não cometeu, separar o joio do trigo. No meu caso, tenho absoluta certeza da legalidade dos meus atos e da legalidade das minhas contas de campanha, que foram devidamente aprovadas em 2010".

Max Filho (PSDB): "Minha vida pública sempre foi pautada pela total transparência e seriedade no trato da coisa pública. Meu sigilo fiscal e bancário estão abertos a todos e à disposição de qualquer um que queira examinar minha vida e de minha família, com procuração no cartório Dyonízio Ruy registrada desde meu primeiro mandato como prefeito. Nunca fiz de toda e qualquer contribuição financeira às minhas campanhas moeda de troca para a minha atuação no mandato eletivo. Como deputado nunca destinei recursos no orçamento dirigidos para obras de interesse de qualquer empresa.
Como prefeito nunca contratei nenhuma obra ou serviço com essa empresa. Nunca recebi recurso de nenhuma empresa que não tenha declarado à justiça eleitoral, estritamente na forma da lei".

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Audifax Barcelos (Rede):
1.    A Operação Lava-Jato está trazendo uma enorme contribuição ao país. As investigações e o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça têm todo meu apoio. 
2.    Nunca tive qualquer contato com representantes da empresa Odebrecht antes, durante ou depois de ter sido eleito prefeito. 
3.    Desde que sou prefeito da Serra, não existe nenhuma obra, contrato ou qualquer negociação envolvendo direta ou indiretamente a empresa Odebrecht ou suas subsidiárias no município.
4.    Esclareço que em 2012 recebi doação legal da Executiva Nacional do PSB, meu partido na época, no valor de R$ 100 mil. O dinheiro foi declarado na minha prestação de contas.Trata-se de uma operação completamente amparada pela legislação eleitoral.
5.    Não existe sequer investigação ou inquérito a esse respeito. Não faço parte da lista de investigados do Procurador Geral da República, o que prova que não cometi crime algum, apenas recebi uma contribuição oficial do meu partido.
6.    Todas as minhas contas de campanha foram aprovadas e estão à disposição. Não houve nenhum questionamento das prestações de contas na Justiça Eleitoral.
7.    Não autorizei ninguém a falar em meu nome com esta empresa ou com qualquer outra empreiteira.

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Iriny Lopes (PT): "Não conheço e nunca tive contato pessoal com ninguém da empreiteira. Se realmente houve algum depósito, foi por meio do diretório nacional, responsável por direcionar as doações".

Esmael Almeida (PMDB): "Fui surpreendido com a informação de possível doação irregular na Campanha de 2010. Venho esclarecer que estou irresignado com tais acusações. Sempre tive minha vida pautada pela ética e honestidade, e todos sabem as bandeiras que defendo. Informo que não recebi doação irregular em nenhuma das campanhas que participei. Estou à disposição da Justiça, caso necessário. Confio em Deus que a verdade será restabelecida."

Veja a lista abaixo e confira quando e quanto recebeu cada político capixaba:

Lista da Odebrecht
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