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Política

Ato contra e pró-impeachment levam brasileiros às ruas de Paris

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Paris - Manifestações contra e pró-impeachment levantam centenas de brasileiros às ruas de Paris na tarde deste domingo, 17. O maior das mobilizações aconteceu na Praça da República, onde grupos contrários à queda da presidente Dilma Rousseff se reuniram às margens de uma manifestação maior, realizada por franceses, a Nuit Debout. Entre os militantes de ambos os lados, o discurso comum é de incerteza sobre o resultado da votação hoje, na Câmara dos Deputados.

O protesto contra o impeachment foi realizado pelo Movimento Democrático 18 de Março (MD18), criado por brasileiros em vivem na França em referência ao aniversário da Comuna de Paris. A organização se posiciona como "contra o golpe de Estado de veludo", que atribui "à extrema direita" no Brasil. No início da tarde, a manifestação teve a maior adesão entre as manifestações de brasileiros já presenciada pelo Estado, com mais de uma centena de presentes.

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Para Gabriel Rocha Gaspar, membro do MD18, o prognóstico do voto domingo na Câmara é imprevisível. O da segunda-feira, não. "Amanhã é caos de qualquer forma", diz Gabriel. "Ou o governo cai e entra uma administração ilegítima no lugar, ou o governo segue sem condições de governar, pela base vacilante e pelo legislativo inconfiável."

Segundo Marilza de Melo Foucher, o Brasil vive um momento de grande instabilidade política e econômica, que atribui à grande imprensa. "O golpe mostra que uma instituição está ameaçada; essa instituição é a democracia", afirmou, emocionada. "Não vamos abrir mão do sufrágio universal."

Em outro ponto de Paris, em Alma-Marceau, nas imediações da embaixada do Brasil, um grupo de brasileiros menos numeroso - cerca de duas dezenas - entoou slogans e cânticos e portou cartazes contra o governo de Dilma Rousseff e contra o PT. "Não existe mais cabimento em um governo que não governa, que só se preocupa em ficar no poder", argumentou a jurista Patrícia Rosário, organizadora do movimento pró-impeachment. "Dilma cometeu vários crimes de responsabilidade que justificam o impeachment, e há ainda a obstrução da Justiça, que também é crime de responsabilidade e que está no pedido de impeachment da OAB."

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Coronel do Exército, Edison Luiz da Rosa fez questão de participar da manifestação, mesmo em seu curto período de passagem por Paris. "O principal motivo que vejo é a conjuntura atual do Brasil. Temos de combater a desonestidade em um movimento apartidário", justificou. "Administração pública é coisa seriíssima. O presidente deve ser imaculado, mas hoje ninguém mais consegue confiar no governo.

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