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Política

Ex-governador Max Mauro diz que pedágio da Terceira Ponte "era um escândalo"

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O ex-governador do Estado Max Mauro classificou como positiva a decisão de suspender o pedágio da Terceira Ponte. “Esse pedágio cobrado era um escândalo”, disse. O ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) também reclamou do modelo da concessão.

Embora prefira não comentar sobre a decisão do governador Renato Casagrande (PSB), o tucano disse que o subsídio cruzado é uma péssima técnica para custear e fazer funcionar serviços públicos.

Lembrando da história da Terceira Ponte, Mauro fez questão de frisar que ela não tem nada a ver com a Rodovia do Sol. Governador eleito em 1986, ele comentou que a Rodovia do Sol foi pensada em um trajeto que passava pela ponte Florentino Avidos, a avenida Carlos Lindenberg e o Centro de Vila Velha. “Esse que era o projeto, mas eles consideraram a praça do pedágio o km 0 da Rodovia do Sol”, contou.

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O ex-governador disse que a ponte já estava paga desde a época da renovação. Ele disse que o pedágio foi instaurado no governo anterior ao seu, e que era necessário, na época, para pagar a ponte.

Luiz Paulo Vellozo Lucas também não poupou críticas ao sistema. “Eu fui contra o modelo de concessão que foi feito na época do governo do PT”, afirmou. Ele disse que não é contrário as privatizações, nem à concessão de iniciativa privada para infraestrutura. Ainda assim, ele entende que o modelo de subsídio cruzado adotado não é justo. De acordo com o tucano, a ponte não é um pedaço da Rodovia do Sol. 

Embora o modelo de subsídio cruzado não seja proibido, de acordo com a apresentação do relatório do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) na quarta-feira passada (16), o tucano classificou como errado. “O subsídio cruzado era muito usado na época da ditadura militar. Acho que a gente tem que ir para um sistema com preços justos e transparentes e tem que fazer a regulação”, arrematou.

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O ex-governador Vitor Buaiz e o ex-governador Paulo Hartung foram  procurados para comentar o fim do pedágio, mas disse que não iriam se pronunciar. O Ministério Público Estadual (MPES) e o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) também informaram que só vão se pronunciar sobre o assunto após o fim da auditoria.  

Suspensão
O pedágio da Terceira Ponte está suspenso por tempo indeterminado. O governador Renato Casagrande anunciou a medida nesta terça-feira (22), em coletiva realizada no Palácio Anchieta. Casagrande informou que apenas o pedágio da Terceira Ponte será suspenso a partir da meia-noite desta terça-feira, de forma que o da Rodovia do Sol continha a valer pelo preço de R$ 7,20. 

Deputado protocola decreto para por fim ao contrato
O deputado Euclério Sampaio (PDT) protocolou na manhã desta terça-feira (22) um Decreto Legislativo para encerrar imediatamente o contrato entre o Governo do Estado e a Rodosol, pondo fim ao pedágio na Terceira Ponte e na Rodovia do Sol. O decreto é semelhante ao que foi apresentado pelo mesmo parlamentar no ano passado.

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Audiência Pública
Uma audiência pública será agendada pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo para ouvir os técnicos do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), que elaboraram o relatório inicial da auditoria da Rodosol, e a concessionária. A audiência, contudo, ainda não tem data prevista para ser realizada. 

Rodosol se beneficiou em quase R$ 800 milhões no contrato da Terceira Ponte
Durante a divulgação dos trabalhos, na última quarta-feira (16), o órgão sugeriu que o contrato fosse suspenso, já que o valor para a construção da ponte já tinha sido quitado. Ao todo, a empresa se beneficiou de quase R$ 800 milhões com o contrato ao longo dos 15 anos. “Houve um entendimento de que, devido à falta de projeto básico e outras coisas, a licitação poderia ser anulada”, explicou o presidente do TCE-ES, Domingos Taufner.

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A equipe técnica do TCE-ES constatou que desde o lançamento do edital da concorrência pública havia sobrepreço no valor máximo do pedágio da ponte. O valor inicial, que foi de até R$ 0,95, deveria ter sido de até R$ 0,91, de acordo com o relatório apresentado.

Rodosol diz que relatório é irresponsável e equivocado
A Rodosol rebateu o relatório da primeira etapa da auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) divulgado na quarta-feira (16). Por meio de nota, a concessionária classificou o documento, apresentado pelo TCE, como irresponsável, equivocado e desprovido de fundamentação técnica e jurídica. Considerou ainda os valores apontados pelo Tribunal de Contas como absurdos e irreais.

Contrato
O Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) sugeriu que o contrato fosse suspenso, já que o valor para a contrução da ponte já tinha sido quitado. Ao todo, a empresa se beneficiou de quase R$ 800 milhões com o contrato ao longo dos 15 anos. 

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Redução do pedágio
O valor do pedágio da Terceira Ponte para veículos de passeio caiu de R$ 1,90 para R$ 0,80 em julho do ano passado. Já para motos, a tarifa passou de R$ 0,90 para R$ 0,40 e, para caminhões leves, a tarifa de R$ 3,80 foi reduzida para R$ 1,60. Com a apresentação do relatório inicial, a manutenção das tarifas fica por conta do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. 

Manifestação 
A redução da tarifa aconteceu após as diversas manifestações que aconteceram na Grande Vitória pedindo o fim da cobrança do pedágio. Na maior delas, 100 mil capixabas foram às ruas para protestar e exigir o fim da cobrança do pedágio. Durante a passeata, a população tomou conta da via e no final do ato houve quebra-quebra e destruíção. 

Auditoria
O Tribunal de Contas do Espírito Santo deu início à auditoria do contrato entre a Rodosol e o Governo do Estado em agosto de 2013. A conclusão dos trabalhos chegou a ser adiada várias vezes. 

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Quebra-quebra
Durantes os vários protestos, as cabines do pedágio foram destruídas por vândalos que se infiltraram na manifestação. O pedágio foi suspenso durante o processo de reconstrução das cancelas e equipamentos da empresa. A concessionária que administra a via chegou a colocar telas de proteção para evitar novas destruições. 

Na Assembleia 
Os deputados estaduais chegaram a discutir a possibilidade de o Governo romper o contrato com a Rodosol para acabar com o pedágio da Terceira Ponte. Na época, a alegação era de que a construção da via já estava quitada. Após vários debates, o projeto acabou sendo arquivado por inconstitucionalidade.

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