VÍDEO | Casagrande se une a outros governadores para compra de vacinas da Rússia, China e Índia
Nesta terça-feira, num primeiro momento, os gestores irã a Brasília para uma visita à empresa que representa a russa Sputinik V no Brasil
O governador Renato Casagrande e outros 17 governadores realizarão uma visita a sede da empresa União Química, em Brasília, que representa a vacina russa Sputinik V no Brasil. Será nesta terça-feira (2) e ocorre após acusações, por parte do presidente Jair Bolsonaro, de que governadores estão "fechando os Estados".
O governador divulgou um vídeo na manhã desta segunda (1) em que afirma que a prioridade é salvar vidas e que ele e demais gestores querem comprar, além da vacina russa, qualquer vacina disponível no mercado e ampliar o contato com mais fornecedores, indo além daqueles que já estão em negociação com o governo federal.
"Vamos ter reuniões com o embaixador da China e também com o embaixador da Índia para viabilizar mais vacinas. Se o governo federal não tiver condições de comprar, os Estados podem viabilizar mais doses", planejou. Veja abaixo o vídeo divulgado pelo governador:
Guerra perdida
Neste final de semana, em entrevista ao colunista Josias de Souza, do Uol, Casagrande afirmou que os estados e o Distrito Federal realizarão a compra conjunta de vacinas e que os 27 governadores estão comprometidos com o movimento. Segundo ele, não haverá formalização de um consórcio e que a ideia é adquirir lotes proporcionais à população de cada estado. Dessa forma, cada unidade federativa terá um contrato e pagará, diretamente, ao laboratório.
Casagrande ainda falou ao colunista sobre a postura de Bolsonaro. O governador lamentou as declarações mais recentes do Presidente sobre o uso da máscara, citando que "na semana do pior momento da pandemia", ele (Bolsonaro) menosprezou o acessório.
O colunista ainda cita que Casagrande opina que o Brasil perdeu a guerra contra a covid. Na opinião do governador do Espírito Santo, o Brasil poderia ter muito mais doses se houvesse fechado contratos antecipadamente. "É como se tivesse caído uma bomba atômica no Brasil", declarou, lembrando o número de mortes diárias causadas pela doença e o total de 250 mil óbitos.