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Política

Defendemos o que precisa ser feito, diz Amôedo, cuja bandeira é o livre mercado

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, João Amoêdo, defendeu nesta quinta-feira, 22, sua principal bandeira na corrida eleitoral, que é levar as regras do livre mercado para o poder público. Ele afirmou que, em um eventual governo, privatizaria todas as empresas estatais.

"O principal princípio do partido é devolver o poder ao cidadão", disse Amoêdo, em debate promovido pelo portal Money Report, na capital paulista. "Não queremos cair no erro de falar o que as pessoas querem ouvir, mas falar o que deve ser feito."

A proposta de privatizações, lembrou, é uma das que enfrenta mais resistência na sociedade. "Na nossa ideia, o governo não deve ter empresa nenhuma. A ideia é privatizar todas as empresas." Ele disse que a existência de estatais obriga o cidadão a ser acionista de empresas, promove indicações políticas e diminui a qualidade da gestão das companhias.

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Na Petrobras, argumentou, a proposta de privatizar a estatal já é mais aceita na sociedade. "O Estado maior trouxe um volume de desemprego alto, uma educação que não funciona, uma saúde que não consegue atender e 1 mil assassinatos por hora."

Ele afirmou que a principal proposta do seu partido é "transferir o poder do setor público para as pessoas." "Sabemos que esse é um ponto que teremos resistência, vamos ter que enfrentar, mas é um comprometimento de falar aquilo que achamos que é correto, e não o que as pesquisas apontam, se não vira mais do mesmo", declarou.

Amôedo defendeu ainda, reformas previdenciária e tributária, medidas que ainda serão formatadas detalhadamente. O economista Gustavo Franco, é um dos conselheiros econômicos do pré-candidato.

O pré-candidato, que é fundador do Partido Novo, defendeu ainda a volta do financiamento privado de campanhas, mas com fiscalização ampla e limites de acordo com os gastos dos candidatos. O partido, esclareceu, é contra qualquer transferência de recursos públicos para partidos políticos.

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Para a reforma política, Amoêdo afirmou que é preciso estabelecer o voto facultativo do País. "É a mesma regra do livre mercado: liberdade com responsabilidade", justificou.

O presidenciável propôs a execução de medidas para diminuir a carga tributária e abrir as barreiras alfandegárias do comércio exterior. Na educação, a ideia é considerar a cobrança de mensalidade no ensino superior para quem pode pagar e implantar um sistema meritocrático de avaliação de professores.

Congresso

Amoêdo informou que o Novo pretende lançar de 350 a 360 candidatos à Câmara dos Deputados nestas eleições. A meta é eleger 35 parlamentares, ou seja, 7% da Casa.

Ele citou que será um desafio negociar com o Congresso uma pauta pouco popular defendido pelo partido. "Essa negociação tem que ser feita de forma transparente, mostrando quais são os interesses da população e não atender a um fisiologismo no Congresso. Se acontecer isso, a ideia é explicitar para a população", comentou.

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O Novo tem hoje quatro vereadores no País, em São Paulo, no Rio, em Porto Alegre e Belo Horizonte. Ele disse que os parlamentares já aplicaram redução de custos em seus mandatos e defendem a agenda de desburocratização e do livre mercado nas Câmaras municipais. "Todos os candidatos fizeram campanhas baratas e todos os eleitos cortaram 70% do número de assessores e no mínimo 50% das verbas de gabinete."

O partido promoveu um processo seletivo para selecionar os candidatos às eleições deste ano, que contou com cerca de 900 inscritos.

Campanha

João Amôedo citou que espera ter aproximadamente 7 segundos de propaganda eleitoral no rádio e na TV. A estratégia, segundo ele, será trabalhar pelas redes sociais. "No horário eleitoral, só vai dar tempo para dizer: se depender do Novo, você nunca mais vai ver horário eleitoral na sua casa", brincou, sendo aplaudido em seguida por uma plateia formada por empresários.

BC

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Defendendo um sistema de autonomia do Banco Central, João Amoêdo propôs desvincular os mandatos do presidente da autoridade financeira e do presidente da República. Em um eventual governo, ele afirmou que convidaria o economista Ilan Goldfajn para ficar na presidência do BC por mais dois anos, a partir de 2019. "Este seria um compromisso, eu gostaria de mantê-lo", disse Amôedo, durante o debate.

A uma plateia composta por empresários, Amôedo, que fez carreira como executivo do mercado financeiro, disse que decidiu lançar sua pré-candidatura por acreditar na renovação de ideias e lideranças na política brasileira.

Respondendo a uma crítica por não ter tido experiência na gestão pública, o presidenciável afirmou que isso seria prejudicial, e não favorável, por causa dos vícios do setor público. Por essa razão, argumentou, não se filiou a nenhum partido existente antes do Novo.

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Mesmo nunca tendo exercido um cargo público ou se lançado como candidato, o presidenciável alertou para o risco da eleição de um outsider no País. "Não pode ser só um novo nome, fico preocupado se um nome novo vier para fazer as mesmas práticas utilizando o mesmo sistema", disse o pré-candidato. "Não é questão de nome, é questão de práticas".

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