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Política

Deputado cria projeto para tentar amenizar tragédia no Rio Doce

Ao todo são seis medidas que pretendem incluir estudantes, artesãos, jornalistas e a sociedade em geral para tentar salvar o futuro do Rio Doce

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Deputado mostra como está água do Rio Doce atualmente Foto: Reprodução Facebook
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O rompimento da barragem da Samarco no distrito de Fundão, em Mariana (MG), completará cinco meses no próximo dia 5 de abril, com um saldo de 19 mortes, um desaparecido e muito rastro de destruição para fauna, flora e comunidades banhadas pelo Rio Doce. 

Para tentar dar uma contribuição, e amenizar o grave problema, o deputado Josias da Vitória (PDT) resolveu criar o projeto Vida Nova Rio Doce, que é basicamente um conjunto de ações que envolvem estudantes, artesãos, jornalistas e a sociedade, de forma geral.

Lançado na Câmara de Vereadores de Colatina na noite dessa quarta-feira (30), o projeto inclui o cultivo de mudas de espécies de árvores nativas, por meio de parcerias com faculdades de Agronomia e órgãos públicos ligados ao meio ambiente, e o reflorestamento. A ideia do deputado é plantar uma muda de árvore para cada criança nascida nas cidades banhadas pelo rio. 

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Outra ação, chamada de Peixe Vivo, pretende reunir histórias de pescadores que estejam ligadas ao Rio Doce e transformá-las numa espécie de museu itinerante, em que serão levadas e transmitidas para a população de diversos municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais. No Economia Criativa será realizado um estudo do que se pode fazer com o barro que assorea atualmente o rio.

Por fim, deve ser realizado um concurso que elegerá o melhor Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre a tragédia e outro que elegerá a melhor reportagem sobre o futuro do Rio Doce. Criador do Dia Estadual de preservação do rio, comemorado em 22 de março, e presidente da comissão que representa o flúmen, Josias Da Vitória afirmou ter criado o projeto devido à falta de atitude da empresa responsável pela tragédia e outras autoridades.

“Até o momento nem a empresa responsável pelo desastre, nem os governantes, apresentaram projetos efetivos pensando na recuperação do rio e na inclusão dessas pessoas. Então estamos apresentando seis projetos que ajudarão a recuperar nosso rio e a trazer de volta as pessoas que dependiam daquelas águas e até novas pessoas, que nunca pensaram em ajudar a preservar o meio ambiente", comentou.

Manifestação contra a Samarco nessa sexta (1º)

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O Dia da Mentira será usado por manifestantes que irão se reunir às 9h da manhã na frente do Palácio Anchieta, em Vitória. Organizador do evento, o Fórum Capixaba de Entidades em Defesa da Bacia do Rio Doce irá denunciar a situação à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), ao mesmo tempo em que os capixabas protestam. 

MPF quer ampliação da área de proibição da pesca no Rio Doce

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Força-Tarefa que investiga o desastre, expediu recomendação a diversos órgãos públicos e também às empresas Samarco, Vale e BHP Billiton para que adotem uma série de medidas que visam resguardar a saúde da população, o meio ambiente e os profissionais que têm como sustento a pesca no Rio Doce e sua foz.

A imediata ampliação da área de proibição da pesca é uma das ações que deve ser implementada pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente (MMA). Isto porque, relatório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aponta a contaminação por metais pesados da água, dos sedimentos e dos organismos vivos; Banco de Abrolhos e Unidade de Conservação Costa das Algas e Refúgio da Vida Silvestre (RVS) de Santa Cruz (ao Sul). 

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A ampliação deve ser provisória até que, no prazo de 15 dias, o Poder Público apresente manifestação conclusiva que indique a necessidade e conveniência de estender a área de proibição da atividades pesqueira para além daquela que é objeto de ação civil pública em curso na Justiça Federal de Linhares, região entre Barra do Riacho (Aracruz/ES) e Degredo/Ipiranguinha (Linhares/ES).

O MPF também recomendou que, no prazo de 48 horas, a Samarco, o Ibama, o ICMBio e o Iema promovam ampla publicidade aos estudos, ainda que preliminares, da ecotoxicidade dos organismos já coletados pela Samarco; da bioacumulação de metais pesados e ou toxidade dos organismos para os seres humanos. A publicidade dos estudos deverá ser realizada por meio do portal www.governancapelodoce.com.br e também em informativos na televisão, no rádio e veículos impressos.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também deverá adotar medidas de proteção da saúde da população e controle da comercialização de pescados na área citada na recomendação. O Governo Federal, por sua vez, deverá adotar medidas necessárias para a identificação e cadastramento dos pescadores afetados por eventual proibição de pesca. Já as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton têm de continuar realizando o pagamento de auxílio emergencial de subsistência para todos os pescadores tradicionais e ribeirinhos atingidos pela proibição da pesca.

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