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Política

"Missão é deixar o ES entre os 3 estados menos violentos", diz novo secretário de Segurança

O delegado federal Eugênio Ricas chega à Sesp para ocupar o cargo deixado pelo coronel Alexandre Ramalho

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
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Anunciado novo secretário da Segurança Pública, após a saída de Alexandre Ramalho do cargo, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Estado, o delegado federal Eugênio Ricas afirmou que um dos seus principais objetivos à frente da pasta é colocar o Espírito Santo entre os três estados menos violentos do país.

A fala do novo secretário ocorreu na tarde desta terça-feira (6), em entrevista coletiva realizada no Palácio Anchieta, em Vitória.

"A missão dada pelo governo foi continuar reduzindo o n´úmero de homicídios não é uma tarefa fácil. A cada ano que a gente diminui, a tarefa se torna ainda mais difícil. A missão, então, é continuar o trabalho que tem sido feito, para que a gente consiga reduzir, a cada ano, o número de homicídios e chegar no patamar próximo aos cinco ou três estados menos violentos do país", afirmou Eugênio Ricas.

O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), que também participou da coletiva na sede do Executivo estadual, corroborou com o discurso do novo secretário e ainda acrescentou que pediu que os esforços da pasta também sejam voltados para o uso da tecnologia em favor da segurança pública.

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"Quando decidimos fazer o convite para o delegado Eugênio Ricas assumir a secretaria, pensamos na continuidade do trabalho que vem sendo feito para reduzir a criminalidade e a violência no Estado, bem como a gente tenha cada vez mais investimentos em novas tecnologias na área da Segurança", disse o governador.

Combate ao crime organizado precisa de investimentos em tecnologia

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Também na entrevista concedida nesta terça-feira, Eugênio Ricas pontuou as ações que ele considera essencial no combate ao crime organizado em território capixaba. 

Para o novo secretário, os investimentos em tecnologia e inteligência, por exemplo, são ferramentas primordiais no enfrentamento à atuação de grupos criminosos que se articulam para fomentar a criminalidade e a violência no Estado.

"Tenho defendido que precisamos de um tripé para combater o crime organizado: investimento em tecnologia, em inteligência e cooperação. Graças aos investimentos do governo em tecnologia, os resultados estão vindo e, com certeza, deverão vir ainda mais", pontuou.

Câmeras em fardas de policiais vai trazer transparência às abordagens, avalia secretário

Os políciais do Estado deverão ter, em breve, câmeras de videomonitoramento acopladas aos seus uniformes. No fim do ano passado, o Casagrande anunciou que os equipamentos estava em fase de aquisição pelo Executivo estadual.

Para o novo secretário de Segurança Pública, as câmeras vão possibilitar mais transparência durante as abordagens policiais.

"As câmeras corporais são uma saída inteligente, que auxilia o trabalho dos policiais que estão na rua, auxilia a sociedade e traz transparência para as ações policiais. Já há um processo para aquisição dessas câmeras, o que vai contribuir muito para a questão da segurança", avaliou.

Violência doméstica e feminicídio como desafios da segurança pública

 Questionado sobre o trabalho que pretende fazer à frente da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) no que se refere aos casos de violência doméstica e feminicídio, Eugênio Ricas destacou que o Estado, assim como ocorre em outras partes do país e do mundo, tem de lidar com algo que também está relacionado a questões culturais.

O novo secretário ainda frisou que o Espírito Santo, segundo ele, soluciona 100% por contas envolvendo feminicídio.

"O feminicídio é um crime bárbaro e que merece todo o nosso repúdio. Aqui no Espírito Santo todos os casos foram resolvidos, com o autor identificado. Isso é um ponto e que merece ser destacado. No entanto é necessária uma evolução como sociedade. É preciso superar o machismo, essa sensação que muitos homens têm de que têm domínio sobre a mulher. Se a gente não vencer o machismo, vai ser difícil, porque a polícia faz o seu trabalho, mas também é importante uma mudança cultural na sociedade", disse.
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