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Política

Witzel: 'bloqueio de diálogo com o Congresso retarda progresso do País'

Declaração foi uma referência ao fato de o presidente Jair Bolsonaro ter usado seu celular pessoal para disparar, via WhatsApp, um vídeo convocando apoiadores a irem às ruas no dia 15 de março para defendê-lo

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
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O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou em nota divulgada nesta quarta-feira, 26, que "presidentes que bloquearam o diálogo com o Congresso não conseguiram colocar em prática projetos para o bem comum e retardaram o progresso e a evolução de nosso país", numa referência ao fato de o presidente Jair Bolsonaro ter usado seu celular pessoal para disparar, via WhatsApp, um vídeo convocando apoiadores a irem às ruas no dia 15 de março para defendê-lo. A manifestação convocada por grupos de direita o repúdio ao Congresso.

"O Brasil precisa fortalecer suas instituições, para realizar as reformas essenciais ao desenvolvimento econômico e social que nosso povo anseia. Historicamente, presidentes que bloquearam o diálogo com o Congresso não conseguiram colocar em prática projetos para o bem comum e retardaram o progresso e a evolução de nosso país. Não podemos esperar mais para gerar emprego e renda para milhões de desempregados e subempregados", diz a nota de Witzel, que está em viagem oficial nos Estados Unidos.

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Na nota, o governador fluminense cobrou diálogo. "Somente com diálogo, respeito à democracia e às instituições, aos representantes legitimamente eleitos e ao pacto federativo é que o país voltará a crescer", termina o texto divulgado por Witzel.

Revelado na noite de terça-feira, 25, pela jornalista Vera Magalhães, editora do BRPolítico e colunista do Broadcast Político/Estadão, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o disparo do vídeo foi confirmado por Bolsonaro na manhã desta quarta-feira, 26, em duas contas nas redes sociais. Sem citar o vídeo, Bolsonaro disse que se tratou de "troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada". "Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", diz o texto publicado pelo presidente.

Witzel despontou como azarão nas eleições de 2018 e se elegeu na esteira dos votos em Bolsonaro, especialmente por causa do discurso sobre segurança pública. Ao longo do primeiro ano de mandato, porém, procurou se distanciar politicamente de Bolsonaro, se posicionando como adversário. No discurso político, Witzel já chamou o presidente de "despreparado" e tem declarado que o Planalto não sabe dialogar com os governadores. No fim do ano passado, Witzel comparou o discurso de Bolsonaro ao de líderes autoritários. "É um vocabulário (o de Bolsonaro) de quem não respeita a diversidade de opiniões", disse o governador, na ocasião.

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