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Política

Juiz condena Acir Filló a 7 anos e 9 meses por desvios em Ferraz de Vasconcelos

O magistrado ainda ressalta. "O réu valeu-se do cargo que ocupava porque democraticamente eleito para praticar o crime, em prejuízo da população que o elegeu, em conduta social que deve ser fortemente reprimida".

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O juiz da 3ª Vara Criminal de Ferraz de Vasconcelos, João Walter Cotrim Machado, condenou o ex-prefeito Acir Filló (PSDB) a sete anos e nove meses de prisão por supostos desvios de R$ 350 mil em contratos com gráficas. Também foram sentenciados o empresário Willington Souza (cinco anos) e a ex-chefe do departamento de compras, Márcia Castello (cinco anos e três meses).

Segundo a denúncia, os desvios teriam sido feitos em três ocasiões no município da Grande São Paulo, no primeiro semestre de 2015. Filló foi sentenciado por crimes de responsabilidade, associação criminosa e fraude às licitações.

Segundo o juiz, "as consequências do crime foram danosas à população". "O Município de Ferraz de Vasconcelos é carente de serviços públicos básicos e, ao ser realizada licitação fraudada pelo gestor público, a população sofre ainda mais com a indisponibilidade de recursos para atendimento de suas necessidades".

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"Os crimes praticados pelo réu geram consequências gravosas em desfavor de todos os munícipes, que confiaram o mandato público a pessoa que dilapidou o erário e privou a população, de cidade já tão carente, de ver destinado o dinheiro público para o interesse comum", anotou.

O magistrado ainda ressalta. "O réu valeu-se do cargo que ocupava porque democraticamente eleito para praticar o crime, em prejuízo da população que o elegeu, em conduta social que deve ser fortemente reprimida".

Acir Filló está preso e é acusado em diversas ações penais de fraudes e desvios. Ele tentou delação premiada, que foi rejeitada pelo Ministério Público.

Também escreveu o livro Diário de Tremembé, com relatos de presos da penitenciária do interior de São Paulo. O livro pôs suspeitas sobre os motivos que levaram ao regime domiciliar de Roger Abdelmassih, que culminaram com a revogação do benefício ao ex-médico.

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O magistrado manteve o decreto por entender que há "indícios, assim, de que possui influência sobre pessoas que exercem funções públicas".

"Conforme já consignado, o réu sofre diversas acusações por atos de improbidade e por crimes de fraudes em licitação supostamente praticados durante seu mandato de prefeito. Apesar de não mais exercer cargo público político, possui grande influência no meio. Conforme indicou o Ministério Público, mesmo após a sua prisão, servidores públicos da Delegacia Seccional de Polícia de Mogi das Cruzes deixaram de providenciar a transferência do acusado para o Centro de Detenção Provisória, fato que, inclusive, ensejou a instauração de procedimento administrativo pelo Juízo Corregedor", escreve.

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