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Política

Palocci pede ao TRF-4 para depor novamente

Palocci está preso desde setembro de 2016. Em junho, o ex-ministro foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Redação Folha Vitória
audima
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São Paulo - O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil/Governos Lula e Dilma) pediu nesta quarta-feira, 7, ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região para ser interrogado novamente. A defesa de Palocci afirma que o petista quer "cooperar na elucidação dos fatos criminosos".

"A cooperação espontânea - ainda que nesta fase - pode ser extremamente relevante, vez que eliminará qualquer tipo de dúvida sobre a tese acusatória, viabilizando que a síntese decisória seja inquestionável e induvidosa", solicitou a defesa.

Palocci está preso desde setembro de 2016. Em junho, o ex-ministro foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No processo, Palocci foi acusado de envolvimento no pagamentos de US$ 10.219.691,08 em propinas, referentes a contratos firmados pelo Estaleiro Enseada do Paraguaçu - de propriedade da Odebrecht - com a Petrobras, por intermédio da Sete Brasil. O dinheiro, segundo a Justiça, foi pago ao marqueteiro de campanhas do PT João Santana.

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Este processo está, atualmente, no TRF-4, que ainda não o julgou. A Corte vai analisar a sentença aplicada por Moro a Palocci e a outros 13 condenados, incluindo o empresário Marcelo Odebrecht, e o casal de publicitários João Santana e Mônica Moura - os três, delatores da Lava Jato.

Ao TRF-4, Palocci afirmou que "tem buscado firmar acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal".

"Independente da realização de acordo, o peticionário escolheu a cooperação imediata e espontânea como caminho para a resolução jurisdicional de seus débitos com a Justiça", argumentou a defesa.

O ex-ministro apontou alguns tópicos que pretende abordar caso o Tribunal autorize o novo interrogatório: "formação e financiamento da Sete Brasil, conversações das quais participou para organizar o esquema de propina decorrente das sondas, atos por ele efetivamente praticados, na operacionalização do recebimento de propinas; vantagens indevidas por ele solicitadas; indicação da origem e do destino das propinas; e apresentação e indicação de elementos de corroboração de sua fala".

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"Um segundo interrogatório do recorrente (Palocci) seria interessante não apenas para ele, mas igualmente para esse Tribunal Regional Federal. De um lado, para o Recorrente, porque este poderia dissipar a impressão errônea causada com o seu primeiro interrogatório, mostrando ao nobre colegiado que - de fato - Antônio Palocci busca apenas uma coisa: cooperar de modo pleno com a Justiça", alegou o ex-ministro. "De outro lado, para o Tribunal, porque este poderia finalmente esclarecer os fatos que são objeto da denúncia, conhecendo qual foi a participação do acusado na empreitada delitiva e, assim, podendo melhor delimitar a culpabilidade deste no presente processo."

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