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Política

Empresa é 'reprovada' em teste de voto impresso no TSE

De acordo com a comissão de assessoramento técnico do TSE, os códigos QRs impressos pelo modelo da Smartmatic "foram lidos corretamente" por aparelhos eletrônicos, mas suas medidas "não atenderam às exigências"

Redação Folha Vitória
audima
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Brasília - A empresa Smartmatic foi "reprovada" em um teste de impressão de voto realizado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou nesta segunda-feira, 5, uma comissão de assessoramento técnico da Corte Eleitoral. O grupo concluiu que o "modelo de engenharia" da Smartmatic - primeira colocada em licitação aberta pelo TSE - não atende às exigências do edital.

De acordo com a comissão de assessoramento técnico do TSE, os códigos QRs impressos pelo modelo da Smartmatic "foram lidos corretamente" por aparelhos eletrônicos, mas suas medidas "não atenderam às exigências". Desta forma, a comissão concluiu que o modelo em análise "não atende ao edital".

A licitação do voto impresso ainda está em fase de habilitação técnica e a segunda empresa colocada no edital será convocada, informou a assessoria do tribunal.

Procurada pela reportagem, a Smartmatic informou que aceita e respeita a decisão tomada pelo TSE. "O nosso desejo é de seguir participando das licitações organizadas pela Corte Eleitoral nas quais possamos agregar valor", comunicou a empresa, de origem venezuelana e sede em Londres.

Implantação

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O voto impresso é uma das novidades previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos, em 2015, pela presidente cassada Dilma Rousseff. O TSE estima que 30 mil urnas do novo modelo deverão ser utilizadas já em 2018, mas ainda não definiu as localidades que as receberão. A licitação gira em torno de R$ 65 milhões.

O registro do voto em papel será feito por impressoras acopladas às urnas. Após digitar os números do candidato, o eleitor poderá conferir em um visor de acrílico o voto impresso, que cairá em uma urna lacrada. Não será possível tocar ou levar para casa o papel, que será eventualmente conferido depois em caso de pedido de recontagem.

Retrocesso

A controvérsia com a impressão de voto já chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta segunda-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade na Suprema Corte contra o registro do voto em papel.

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Para a procuradora-geral da República, a reintrodução do voto impresso "caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso". Por isso, Raquel Dodge pede a concessão de medida cautelar para suspender a implantação da medida.

O pedido de medida cautelar para barrar a implantação do voto impresso será analisado pelo ministro Luiz Fux, que assumirá a presidência do TSE nesta terça-feira, 6.

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