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Política

Quebra-quebra em Brasília teve invasão a gabinetes de ministros, pichações e janelas destruídas

O cenário com atos terroristas foi provocado por grupos radicais bolsonaristas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022

Redação Folha Vitória
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Foto: RENATO GUARIBA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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O grupo de vândalos bolsonaristas que invadiu as sedes dos três Poderes, neste domingo (8), em Brasília, deixou um cenário de destruição no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos dos ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos últimos anos.

O cenário com atos terroristas foi provocado por grupos radicais bolsonaristas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022. Os participantes furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar e deram início a uma grande invasão e quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios. 

O plenário do STF foi invadido e o local foi depredado. Até mesmo cadeiras dos ministros do Supremo e o brasão da República, que estava fixado no local, foi retirado por manifestantes. “Supremo é o povo” foi uma das frases usadas durante a invasão.

Por conta da depredação, o sistema de incêndio do Supremo acabou disparando, lançando jatos de água sobre as cadeiras do plenário.

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Depois que os invasores já estavam dentro das dependências no STF, a Força Nacional reagiu e começou a enfrentar o grupo para desocupar o prédio do tribunal. Um helicóptero da Polícia Federal começou a sobrevoar a área e, do alto, disparava bombas de gás contra os manifestantes.

Entenda cronologia

No momento da invasão, manifestantes derrubaram as grades do local de acesso ao prédio do Congresso Nacional. A polícia soltou gás de pimenta, mas, mesmo assim, pessoas que estavam na manifestação furaram o bloqueio de segurança.

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Os invasores reagiram às bombas de efeito moral usadas pelas forças policiais e conseguiram afastar as tropas. Depois de invadirem o Congresso, os manifestantes se dirigiram à rampa do Palácio do Planalto.

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Do lado de fora do Congresso, os apoiadores de Bolsonaro aplaudiram a chegada da Polícia Militar. Transmissões ao vivo, em redes sociais como Instagram e Tik Tok, mostram os manifestantes chamando policiais de patriotas, além de alguns agentes tirando selfies com os apoiadores do ex-presidente.

Fomento nas redes sociais

Em grupos restritos, apoiadores de Bolsonaro falavam em invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo, segundo eles, é tirar Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do poder com uma intervenção militar.

Sobre o assunto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, via assessoria, que está em Brasília e “acompanhando a situação, ao mesmo tempo que mantém diálogo com o Governo do Distrito Federal”.

No sábado (7), Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.

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A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso de pessoas que chamaram as manifestações nas redes sociais é esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte de cima, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local. As imagens mostram que os policiais reagiram com bombas.

* Com informações do Estadão

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