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Política

Alexandre de Moraes mantém prisões de bolsonaristas do ES por ataques golpistas em Brasília

A lista com os nomes dos suspeitos que tiveram prisão preventiva decretada foi atualizada na noite desta quinta-feira (19)

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal  Federal (STF), converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante de três, dos cinco moradores do Espírito Santo identificados e presos por suposta participação nos ataques contra as sedes dos Três Poderes, no último dia 08, em Brasília. São eles: Charles Rodrigues dos Santos, de 41 anos;  Maria Elena Lourenço Passos, 44, e Terezinha Locatelli, 55.

A lista com os nomes dos suspeitos que tiveram prisão preventiva decretada foi atualizada na noite desta quinta-feira (19).  

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Documento STF

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Os capixabas que foram mantidos presos por Moraes passaram por audiência de custódia entre os dias 12 a 14 deste mês.

Charles, por exemplo, morador da Serra e que trabalha como pedreiro, foi ouvido pela Justiça na última quinta-feira (12). Atualmente, ele está preso no Complexo da Papuda, em Brasília.

A reportagem não localizou a defesa de Charles para comentar a prisão pelos atos golpistas.

Já no sábado (14), foi a vez de Maria Elena. Filiada ao PL, partido do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), ela é moradora de Cariacica, na Grande Vitória, e atua como contadora. 

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A capixaba aguardava resultado da audiência na Colmeia, Penitenciária Feminina no DF. A reportagem não localizou a defesa de Maria Elena para comentar a decisão de Moraes.

Apesar de constar da lista de presos em flagrante que tiveram a prisão mantida pelo ministro do STF, Terezinha Locatelli, moradora de Vila Velha, até a tarde desta quinta, não constava da lista de ouvidos pela Justiça nas audiências de custódia. A defesa dela também não foi localizada para falar sobre o caso.

Também passaram por audiência de custódia o empresário Marcos Soares Moreira, 39, que nas redes sociais se diz morador de Vitória, e o missionário Felício Manoel Araújo, 56, de Venda Nova do Imigrante. 

No entanto, até a última atualização disponibilizada pelo STF, não havia informações sobre o resultado acerca da situação de ambos, ou seja, se permaneceriam presos ou se cumpririam medidas cautelares.

Condutas foram ilícitas e gravíssimas, segundo ministro

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Nos casos analisados após as audiências de custódia que têm sido realizadas desde o último dia 09, o ministro apontou evidências dos crimes previstos nos artigos 2º, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei 13.260/2016, e nos artigos do Código Penal: 288 (associação criminosa); 359-L (abolição violenta do estado democrático de direito); 359-M (golpe de estado); 147 (ameaça); 147-A, inciso 1º, parágrafo III (perseguição); e 286 (incitação ao crime).

Moraes ainda considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos.

Para o ministro, houve flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão.

Ele ainda avaliou que há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas e destacou a necessidade de se apurar o financiamento da vinda e permanência em Brasília daqueles que concretizaram os ataques, segundo material publicado no site da Corte.

Presos poderão ser transferidos

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No último dia 13, o interventor federal do Distrito Federal, Ricardo Capelli, afirmou que os presos envolvidos com os atos de vandalismo no DF poderão transferidos para os estados de origem, após a conclusão das audiências de custódia.

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para saber se os presos cumprirão a prisão preventiva no Espírito Santo, mas, devido ao horário em que a matéria foi finalizada, não obteve retorno da instituição. Assim que houver resposta, este texto será atualizado.

Veja o perfil dos capixabas que tiveram prisão mantida por ministro:


- Charles dos Santos Rodrigues:

Foto: Reprodução/Facebook

Morador da Serra, Charles tem 41 anos e trabalha como pedreiro. Em suas redes sociais, não há informações sobre seu estado civil. 

 - Maria Elena Passos:

Foto: Reprodução / Instagram

Filiada ao PL, partido do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Maria Elena é contadora e tem de 44 anos. Nas eleições gerais de 2022, ela concorreu ao cargo de deputada estadual, recebendo 528 votos.

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Mesmo com votação pouco expressiva, Maria Elena ficou entre os suplentes de seu partido para uma vaga na Assembleia Legislativa.

 - Terezinha Locatelli:

Foto: Reprodução/ Rede Social

Moradora de Vila Velha, Terezinha tem 55 anos. Ela seria dona de uma peixaria, no município. 

Em consulta às redes sociais de Terezinha, é possível encontrar registros dela no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em frente ao quartel do 38º Batalhão de Infantaria, na Prainha, também em Vila Velha.

Relembre atos de vandalismo

Manifestantes radicais, que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022, furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal na tarde do último domingo (8) e deram início a uma grande invasão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que iniciaram o ato no Congresso Nacional, também se dirigiram ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, onde fica o STF, com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.

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Mais de 1,5 mil pessoas foram presas pela Polícia Federal e estão passando por triagem. Cerca de 600 delas foram libertadas por razões humanitárias, como idosos, mães com crianças e bolsonaristas com problemas de saúde.

Por conta da depredação aos prédios públicos mais importantes da República, o presidente Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados e Senado.

*Com informações do STF



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