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Política

Deputados Picciani e Paulo Melo são alvo de nova ação judicial do MPRJ

Eles são acusados de receber propina da Odebrecht em troca de apoio político aos interesses econômicos da empreiteira

Redação Folha Vitória
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Foto: Agência Brasil
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou na quinta-feira(17) que ajuizou mais uma ação civil pública por improbidade administrativa contra os deputados estaduais Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do MDB. 

Picciani e Melo já são réus em outro processo movido em março do ano passado e estão presos preventivamente desde 2017 em decorrência da Operação Cadeia Velha, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Picciani está em prisão domiciliar e Paulo Melo está no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com o MPRJ, a propina da Odebrecht foi paga durante o período em que os dois deputados se revezaram no cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O posto foi ocupado por Picciani de 2003 a 2010 e por Paulo Melo, de 2011 a 2014. Picciani voltou à presidência em 2015 e ficou até 2017, quando foi afastado das funções legislativas por ocasião da Operação Cadeia Velha.

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Picciani é acusado de receber R$ 11,15 milhões entre agosto de 2008 e setembro de 2014. Em troca, ele teria atuado para modificar o Projeto de Lei 153/2015, como desejava a Odebrecht. Aprovado, o projeto foi convertido na Lei Estadual 6.979/2015 que contém normas tributárias aplicadas a estabelecimentos industriais sediados no Rio de Janeiro.

No caso de Paulo Melo, o MPRJ diz que este recebeu da empreiteira R$ 1,4 milhão. Conforme a denúncia, o pagamento foi feito para que o deputado facilitasse o relacionamento entre a Odebrecht e o Executivo estadual, na época comandado por Sérgio Cabral. Segundo o MPRJ, a ação de Melo tinha o objetivo de assegurar o direcionamento de contratos e licitações estaduais decorrentes das obras para Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.

Na ação, o Ministério Público também acusa de envolvimento nas práticas ilícitas Jorge Luiz Ribeiro, apontado como operador de Picciani, e Andreia Cardoso do Nascimento, ex-secretária de Paulo Melo. Além da condenação dos quatro, é pedida a concessão de liminar para decretar a indisponibilidade de bens móveis e imóveis e o bloqueio nas contas bancárias dos valores recebidos acrescidos de três vezes a mesma quantia.

Segunda ação

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Este é a segunda ação movida contra Picciani nesta semana. Na terça-feira (15), ele já havia sido acusado pelo MPRJ de improbidade administrativa junto com o ex-governador Sérgio Cabral. Esse processo teve como base acordo de leniência firmado pela empreiteira Carioca Christiani-Nielsen Engenharia com o Ministério Público Federal, no qual foram revelados detalhes de um esquema de corrupção por meio de fraude em licitações e execuções de obras públicas.

O mandato dos deputados estaduais Jorge Picciani e Paulo Melo encerra-se no próximo mês, quando tomam posse os parlamentares que venceram as eleições de outubro do ano passado. 

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