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Política

Temer desafia oposição a criticar governo na campanha eleitoral

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio Verde e Brasília - O presidente Michel Temer adotou nesta terça-feira, 30, nova estratégia e desafiou opositores a criticar ações de seu governo na campanha eleitoral deste ano, como as reformas do ensino médio e trabalhista e as medidas do ajuste fiscal.

Em uma cerimônia para produtores rurais, em Rio Verde, em Goiás, Temer admitiu que examina o "panorama eleitoral" e fez discurso de candidato, embora negue planos nesse sentido.

Nos bastidores, o Palácio do Planalto e a cúpula do MDB tentam viabilizar a candidatura do presidente a um novo mandato, mas tudo depende de como o cenário estará até o fim de março. A avaliação no governo é a de que, se a reforma da Previdência passar, não houver outro escândalo atingindo a gestão, a economia der mais sinais de recuperação e Temer conseguir reverter sua impopularidade, ninguém melhor do que ele próprio para defender o seu "legado".

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"Quem quiser opor-se ao que o governo fez ao longo deste ano e oito meses vai ter de dizer o seguinte: 'Olha aqui, eu sou contra o teto dos gastos públicos porque eu quero gastar à vontade'", disse o presidente, ao lançar nesta terça o programa de pré-custeio do Banco do Brasil da safra 2018/2019. "Quem quiser se opor ao governo vai ter de dizer 'sou contra a reforma do ensino médio, sou por aquele ensino médio anacrônico e superado' (...) Ou também 'sou contra a modernização trabalhista, cujo objetivo é trazer empregos para o nosso país'."

Centro

No diagnóstico do núcleo político do governo, um candidato de centro será favorecido se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar a eleição pelo PT, hipótese hoje considerada mais provável. Na semana passada, Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, no caso do triplex do Guarujá (SP), pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. O petista está recorrendo da sentença, mas o partido já decidiu que vai registrar sua candidatura em 15 de agosto, último dia do prazo fixado pela Lei Eleitoral, mesmo se ele estiver preso.

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Até agora, as legendas que compõem a base de sustentação de Temer ainda não sabem se haverá ou não um candidato único de centro, como quer o Planalto. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), que acompanhou o presidente no evento em Rio Verde, é pré-candidato, embora Temer não esconda que prefira vê-lo como comandante da economia até o fim do governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se movimenta para concorrer à sucessão. No PSDB, o governador Geraldo Alckmin, está em campanha desde o ano passado.

"A candidatura própria do MDB é uma opção, mas nós estamos conversando com diversos partidos da base para ver qual o melhor nome e quem tem condições de defender o legado do governo e ganhar a eleição", afirmou o senador Romero Jucá (RR), líder do governo e presidente do MDB. "Neste momento, o nosso foco é a aprovação da reforma da Previdência."

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A proposta será levada ao plenário da Câmara em 19 de fevereiro, mas o Planalto ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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