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Política

Irmão de Garotinho pode ser julgado no STF por estupro

Nelson Nahim já foi condenado em primeira instância pelos crimes de submissão de criança ou adolescente a prostituição ou exploração sexual e coação no curso de processo

Redação Folha Vitória
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Nahim é acusado de obrigar adolescentes a manter relações sexuais em seu sítio
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Nelson Nahim (PSD-RJ), irmão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR), pode ganhar foro privilegiado na investigação que o condenou a 12 anos de prisão em regime fechado, por estupro, após a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho. Nahim é suplente de Cristiane na Câmara.

O caso agora deve ser deslocado para o Supremo Tribunal Federal, o que pode atrasar a tramitação da ação penal. Nahim já foi condenado em primeira instância também pelos crimes de submissão de criança ou adolescente a prostituição ou exploração sexual e coação no curso de processo. A defesa de Nahim diz que a sentença foi "assustadora" e "sem provas".

Na denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça, o político foi acusado de obrigar adolescentes a manter relações sexuais em seu Sítio Nossa Senhora das Graças, na localidade de Caxeta, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.

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Uma das adolescentes relatou, segundo os promotores, "que era submetida à violência física durante a prática do ato sexual com Nelson Nahim, bem como com todos os outros, que era obrigada a fazer sexo (...) e que não eram usados preservativos". Ela também acusou Nahim de comandar a suposta rede de prostituição e de forçá-la a usar drogas.

A juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 3.ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, condenou outras 13 pessoas no processo - o caso que ficou conhecido como "Meninas de Guarus". As penas variam de 6 a 31 anos de prisão. Nahim foi preso no dia 9 de junho de 2016. Foi solto em outubro do mesmo ano, por decisão ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Defesa. Segundo o advogado que protocolou o habeas corpus de Nahim no STF, Bruno Espiñeira Lemos, a decisão da primeira instância "é assustadora, não tem qualidade jurídica, é pura ilação, sem provas".

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Já o advogado de Nahim no processo da primeira instância, Marcello Ramalho, disse que "caberá ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidir sobre o deslocamento ou não da competência para a Suprema Corte".

Em janeiro do ano passado, quando Nahim assumiu como deputado federal por menos de dez dias, os seus advogados mandaram um ofício ao Tribunal do Rio comunicando que o processo deveria subir para o STF por causa do foro privilegiado.

Nahim já foi vereador, presidiu a Câmara Municipal de Campos e até assumiu interinamente a prefeitura campista. Ele e o irmão Garotinho estão rompidos há anos. Na eleição passada para o governo estadual, em que Garotinho concorreu, Nahim apoiou o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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