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Política

Temer atua para conter divisão do PMDB na eleição da vice-presidência da Câmara

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O presidente da República, Michel Temer, começou a atuar pessoalmente para conter a divisão na bancada do PMDB na disputa pelos cargos da Mesa Diretora da Câmara, marcada para 2 de fevereiro. Temer deu início a uma série de conversas com deputados de seu partido para tentar garantir uma candidatura única da bancada ao cargo de 1º vice-presidente da Casa, posto que caberá à legenda.

Hoje, o PMDB tem pelo menos oito pré-candidatos à 1ª vice-presidência: Lúcio Vieira Lima (BA), José Priante (PA), Sérgio de Souza (PR), Carlos Marun (MS), Elcione Barbalho (PA), Valdir Colatto (SC), Fábio Ramalho (MG) e Osmar Serraglio (PR). Com tantas candidaturas, o líder do partido na Câmara, Baleia Rossi (SP), marcou para 31 de janeiro uma eleição interna para escolher o "candidato da bancada".

Para evitar essa divisão, Temer começou a conversar com os pré-candidatos. Na última terça-feira, 24, o presidente se reuniu com Sérgio de Souza (PR). "O presidente sinalizou que quer a unidade da bancada em torno de um só nome", afirmou o deputado.

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A avaliação é de que o partido do presidente da República, que vem defendendo candidatura única da base aliada para presidência da Câmara, não pode dar o "mau exemplo" e sair dividido na disputa. Hoje, há dois candidatos de partidos da base aliada ao comando da Casa: o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta reeleição, e o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO).

Nesta quarta-feira, 25, Temer recebeu, também no Palácio do Planalto, Carlos Marun, que é vice-líder do governo e da bancada do PMDB atualmente. Após o encontro, Marun afirmou já reavaliar sua candidatura.

O deputado disse que tende a respeitar os correligionários que estão mais empenhados em fazer campanha para ocupar o cargo de 1º vice-presidente da Casa, posto que caberá à legenda. "Eu tinha cogitado colocar meu nome e estou reavaliando, vou conversar com amigos mais próximos", afirmou.

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Marun disse ainda que uma eleição interna deixa ruídos na legenda. "De cara, mesmo quem ganha já deixa outros seis bravos", comentou.

O deputado ponderou que esse debate no PMDB deve acontecer apenas na semana que vem e disse que como não está fazendo campanha pela vaga a tendência é de que ele respeite os colegas que estão "mais empenhados". "Tenho visto colegas se empenhando mais do que eu na questão da primeira vice, trabalhando mais pra isso e a tendência é que eu venha respeitar esse trabalho que está sendo feito."

Segundo Marun, Temer não fez pedidos para que ele deixasse de pleitear o cargo e ressaltou que essa é uma questão que tem que ser assimilada pela bancada. "Mas no mínimo tem que afunilar (os números de candidatos)."

Candidaturas avulsas

Apesar disso, três deputados - Ramalho, Serraglio e Colatto - afirmaram a colegas do partido que serão candidatos de qualquer forma, mesmo que não sejam escolhidos pela bancada. O lançamento das chamadas "candidaturas avulsas" é permitido pelo Regimento Interno da Câmara, desde que o candidato avulso seja do mesmo partido que tem direito àquela vaga na Mesa.

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Temer também conversou sobre o assunto no Planalto com o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi, nesta terça-feira. Ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), Rossi afirmou que vai determinar que o deputado que disputar a eleição interna para escolher o candidato da bancada à 1º vice-presidente terá de assinar um "termo" de compromisso, comprometendo-se a não lançar candidatura avulsa na hora da eleição no plenário.

Disputa

A 1ª vice-presidência da Câmara está sendo alvo de maior disputa nesta eleição porque será um cargo estratégico na legislatura. Como o Brasil está sem vice-presidente, quando Temer viajar ao exterior é o presidente da Câmara que assumirá o comando do País. Com isso, o 1º vice-presidente da Câmara assumirá automaticamente o comando da Casa.

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