/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Política

Nosso objetivo é de que a inflação volte o mais rápido para a meta, afirma Dilma

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 7, em café da manhã com jornalistas, que fará "o possível" para garantir superávit primário de 0,5% neste ano e assegurar que a inflação comece a convergir para o centro da meta, de 4,5%. Para a presidente, a "banda de cima", com teto de 6,5%, tem de ser alcançada o mais rapidamente possível.

Depois de avisar que "todo o governo está empenhado em garantir" que 2016 seja melhor do que 2015, a presidente avisou que "se aprovar a CPMF e a DRU (desvinculação das receitas da União), se estas propostas forem encaminhadas e se estabilizar a economia, a inflação irá convergir para a meta".

Depois de dizer que vai lutar "com unhas e dentes" para manter a expectativa positiva da economia, a presidente emendou: "precisamos criar um outro ambiente no Brasil, com outras expectativas".

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Dilma repetiu ainda que parte dos recursos da CPMF irão para os Estados e municípios e que estes recursos ajudarão a resolver os problemas graves da Saúde, principalmente no Rio de Janeiro. "Eu te asseguro que uma parte expressiva (da CPMF) resolve (o problema da saúde)", disse ela, ao salientar que é preciso que exista esta fonte de recursos.

No encontro com jornalistas, que durou cerca de duas horas, a presidente falou muito de economia e disse que "não está pensando" em usar as reservas cambiais do governo, que estão em torno de US$ 370 bilhões, para financiar programas de investimento, como defendem alguns segmentos do governo e o PT. "Sequer discutimos isso", declarou.

Sem subsídios

A presidente Dilma não quis dizer em que setores o governo irá atuar para restabelecer um ambiente de crescimento para a economia, mas declarou que o BNDES poderá "financiar empresas mais fragilizadas", como as pequenas, médias e micro. Negou, no entanto, que se volte ao modelo de antes, quando vários segmentos da economia foram subsidiados.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Dilma fez questão de responder às críticas de que só pensa em se salvar politicamente, ao afirmar que "o governo não está parado". A presidente lembrou que as desonerações do passado "foram muito bem intencionadas" mas reconheceu que "o momento agora é outro" e que não cabe continuar neste caminho.

Ao falar de inflação, a presidente reiterou que "temos todas as condições para redução de inflação", acrescentando que "de uma certa forma, o mercado também avalia nessa direção" porque "os fatores que levaram ao aumento de preços estão em declínio".

Para a presidente, "a questão do equilíbrio fiscal é essencial para a redução da inflação". "Nosso objetivo é que ela volte o mais rapidamente possível para dentro da meta". "Você tem um mecanismo principal, a questão do equilíbrio fiscal, e também o superávit de 0,5%. Garantindo o superávit e o equilíbrio fiscal, isso criará as condições para que a inflação se equilibre, volte para o centro da meta, volte para a meta", disse Dilma.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

A presidente salientou que "o Banco Central está falando que nós olharemos isso (o retorno ao centro da meta inflacionária) no horizonte até 2017, mas ele está dizendo, a respeito dos 4,5%, eu estou dizendo que nós queremos nos aproximar da banda de cima da meta o mais rápido possível este ano".

Coelho na cartola

Dilma insistiu na necessidade de aprovar CPMF e DRU. "Nós achamos que se tiver certas condições prévias, aprovação da CPMF, DRU, se nós conseguirmos aprovar algumas medidas provisórias, encaminhar as reformas, você estabiliza a economia e consegue fazer as coisas". E acrescentou: "nós não podemos descuidar, porque nós precisamos voltar a crescer".

A presidente repetiu a expressão do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que não há como tirar um "coelho da cartola" para consertar os erros na economia e defendeu que é preciso investir em duas frentes para reverter a crise: equilíbrio fiscal e retomada de crescimento.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06

Para isso, além de controlar a inflação, Dilma destacou que era preciso aprovar no Congresso a volta da CPMF e a prorrogação da desvinculação de receitas da União (DRU). A presidente também destacou como primordial colocar em prática a reforma da Previdência.

"Nós vamos enfrentar a reforma da Previdência. Não é possível que a idade média das pessoas que se aposentam no Brasil seja de 55 anos", disse.

Em sua fala, a presidente destacou que "o País não pode parar", salientando que "é muito difícil fazer o reequilíbrio fiscal sem frear a queda da atividade econômica".

Dilma fez questão de defender a carga tributária existente no País, dizendo que ela não cresceu. "Há um mito de que a carga tributária no Brasil vem crescendo. A carga não vem crescendo", declarou, informando que ela é de 33,4% e, se considerar só os impostos federais, é de 22,5%. Citou ainda que, para elevar carga tributária de pessoa física, é preciso discutir as consequências.

Juros

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_07

Sobre juros, a presidente se recusou a falar, dizendo que "muita gente dá palpite" sobre isso. "Não me manifesto sobre juros", declarou. Para a presidente, "não é adequado" tratar deste assunto. "Ninguém no governo, além do Banco Central, está autorizado a falar sobre isso (juros). É um assunto muito delicado para ficarem dando palpite".

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.