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Política

Após reações contrárias, PT revê estratégia de campanha de doações

Ideia inicial seria fazer menção à campanha "Seja Companheiro", lançada em agosto do ano passado, em que o PT solicita a colaboração dos militantes, simpatizantes e movimentos sociais.

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O ex-presidente Lula não deverá aparecer nos programas do PT no início do mês de fevereiro Foto: Agência Brasil
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Brasília - Diante das reações contrárias à campanha de arrecadação de recursos na internet, integrantes da cúpula do PT reviram a estratégia de comunicação e desistiram de inserir pedidos de doações em comerciais partidários que vão ao ar em fevereiro.

"Surgiram comentários do tipo: Poxa com todo esse dinheiro do esquema do petrolão, eles ainda estão pedindo dinheiro para campanha?", disse à reportagem um integrante da cúpula do partido, após reunião da Executiva Nacional da legenda realizada, anteontem, em Brasília.

A ideia inicial seria fazer menção à campanha "Seja Companheiro", lançada em agosto do ano passado, em que o PT solicita a colaboração dos militantes, simpatizantes e movimentos sociais. Na ocasião do lançamento da campanha, alguns líderes do partido chegaram a defender a iniciativa como um "caminho para autosustentação". A medida foi lançada em meio às discussões no Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu as doações de empresas nas próximas eleições municipais, de outubro.

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Os primeiros comerciais do partido, de cerca de 30 segundos, deverão ir ao ar em cadeia nacional de rádio e TV entre os dias 2 e 11 de fevereiro, em pleno período do carnaval. Por ser um momento festivo, os petistas consideram "incoerente" colocar no vídeo imagens de políticos e dirigentes da legenda. Nesta lista de "excluídos" estão o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff. Lideranças da legenda negam, contudo, que a opção de poupar os dois principais nomes da legenda tenha relação com receios da realização de "panelaços", uma vez que os comerciais não têm um horário definido para serem divulgados.

A presença de Lula e Dilma no principal programa partidário do próximo dia 23 ainda não foi definida. Inicialmente, integrantes da cúpula do PT trabalham apenas com perspectiva da participação de Lula. O espaço utilizado pelo ex-presidente, no entanto, não deverá ser usado para tratar de temas sobre o suposto envolvimento em esquema de desvios ocorridos na Petrobras.

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Por outro lado, os comerciais vão incentivar novas ações como a realizada por dezenas de advogados penalistas e constitucionalistas que redigiram há duas semanas manifesto contra a Operação Lava Jato. Os advogados, entre eles defensores de políticos e empreiteiras sob suspeita de formação de cartel no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, afirmam que "no plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados, a Lava Jato já ocupa um lugar de destaque na história do País".

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