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Polícia

Criança deixada morta em PA tinha cocaína no sangue e foi estuprada

O padrasto de Davy foi indiciado por homicídio consumado e tentado, tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro de vulnerável, informou a polícia

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução TV Vitória
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Davy Luccas Cândido Rodrigues, de 3 anos e 7 meses, deixado morto no PA de Alto Lage, em setembro deste ano, teria sido abusado sexualmente pelo padrasto, Fábio dos Santos Silva, antes de morrer. No sangue do garoto também foram encontrados vestígios de cocaína. 

A informação foi repassada pelo adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica, delegado Michel Pessoa Fernandes, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (3). 

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Segundo ele, no corpo da criança foram encontradas substâncias que demonstram o abuso sexual e o consumo da droga. 

"A perícia realizou pesquisa de material biológico no corpo de Davy, e identificou uma substância presente no líquido seminal, que é produzido pela próstata. Em pequenas quantidades o corpo produz a substância, mas as grandes quantidades encontradas indicam violência sexual. No sangue da criança, foi encontrada a presença de cocaína e outro componente associado à droga. Isso indica que, ou ele fez o consumo de forma acidental, ou recebeu de outra pessoa", disse. 

O padrasto de Davy foi indiciado por homicídio consumado e tentado, tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro de vulnerável. O homem está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Serra.

Mãe tinha o hábito de bater nos filhos, afirmam testemunhas 

A mãe do menino Thaís Candido Pedrosa, de 24 anos, também foi presa. Ela  foi indiciada por homicídio consumado e tentado, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ela foi presa no dia 12 de novembro, e está detida no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC).

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Segundo testemunhas, mãe tinha histórico de violência com os filhos. As investigações apontaram que Thaís viajou, dois dias antes da morte de Davy, para buscar drogas em Rondônia.

"A suspeita viajou no domingo, dia 15 de setembro, antes do abandono de Davy, para Rondônia, com o objetivo de buscar drogas. A omissão de Thaís é relevante no âmbito penal, pois mesmo que ela não estivesse no local do crime, ela responde pela omissão", relatou o delegado. 

No mesmo dia do abandono do menino, Ana Lice, irmã de Davy que tinha 1 ano e 10 meses na época, foi encontrada no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vila Velha, com hematomas, e machucados na boca. Exames foram realizados na menina, mas não houve evidências de abuso sexual.

Ainda de acordo com o delegado, as investigações apontaram a ligação de Thaís com Lucas Viana, vulgo Lucas Bard, de 28 anos, e Mateus Gomes, vulgo MT, de 27 anos. Os dois suspeitos estão foragidos, e são apontados como lideranças do tráfico de drogas em Cariacica.

"Esses dois suspeitos foram indiciados, e são duas lideranças do bairro de Dom Bosco, e Nova Cecília, e são responsáveis pela boca de fumo do Buraco do Sapo. Os dois não são envolvidos apenas com o tráfico, são também investigados por homicídios", explicou.

Padrasto abandonou Davy sem vida em Pronto Atendimento

No dia 17 de setembro, Davy foi deixado pelo padastro no PA de Alto Lage, disse a ume enfermeira que a criança tem sinais de mal-estar, e que precisava ir em casa buscar os documentos do menino, mas não voltou.

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De acordo com a polícia, Fábio supostamente fez uma ligação para Thaís, e informou à mãe de Davy que deixou o menino no hospital. A suspeita entrou em contato com o pai biológico, que foi até o pronto atendimento, e constatou que o filho já havia falecido.

Posteriormente, a equipe médica verificou que Davy foi deixado no pronto atendimento com sinais de que estava morto duas horas antes de ser apresentado pelo padrasto. O menino tinha hematomas e traumatismo no braço esquerdo.

Em depoimento à polícia, o padrasto alegou que os ferimentos de Davy foram gerados por uma queda, e que Thaís, a mãe do menino, agredia o filho. A suspeita disse à polícia que Fábio era o responsável pelas agressões.

As investigações apontam que Thaís e Fábio namoravam, e moravam juntos há quatro meses, em um apartamento no bairro Santa Cecília, em Cariacica. 


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