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Polícia

VÍDEO | Jovem e cadela morrem após serem baleados por PM na Serra

Tiago Loures da Silva tinha 24 anos e foi baleado após abordagem de militares em Novo Horizonte

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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O jovem Tiago Loures da Silva, de 24 anos, morreu após ser baleado por policiais militares durante uma ocorrência na noite de segunda-feira (25), no bairro Novo Horizonte, na Serra. A cachorra da família, da raça pitbull, também foi baleada e não resistiu. Um casal chegou a ser detido.

A polícia e a família apresentam versões diferentes sobre o ocorrido. Segundo a polícia, os militares fizeram uma abordagem a Tiago e a outro homem que estava com ele, por atitude suspeita. 

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Mas, na hora da abordagem, os militares mencionaram no boletim de ocorrência que Tiago correu para dentro de casa e, na fuga, o homem deixou cair um revólver calibre 38. Ainda de acordo com a corporação, o jovem teria se exaltado e começou a incitar a população para que o soltasse. 

O irmão e a cunhada teriam ouvido os gritos e foram ver o que estava acontecendo. Neste momento, a cadela da família, da raça pitbull, teria sido solta pelo irmão de Tiago, de 27 anos, e foi em direção ao soldado que estava com o jovem. Foi neste momento que o militar teria atirado. 

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Ainda segunda a polícia, a cunhada de Tiago, de 21 anos, teria chamado alguns vizinhos, incitando-os a investir contra a viatura para evitar a prisão do rapaz.

Já na outra versão, o irmão da vítima disse que os policiais teriam entrado na casa sem permissão e, por isso, a cachorra acabou avançando nos militares.

"Eles entraram sem a nossa permissão. Se a cachorra foi para cima deles, é culpa deles. Mas ela não foi, eu tenho certeza. Mas se ela fosse, a culpa seria deles, pois a casa estava com o portão fechado, por que eles estão entrando na casa sem mandado, sabendo que tem um cachorro?", disse o irmão.

Após isso, a situação ficou ainda mais tensa. Teria ocorrido uma luta corporal entre Tiago e os policiais e, na confusão, ele acabou baleado. O jovem não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada desta terça-feira (26).

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A família, no entanto, afirma que ele era trabalhador e apenas era usuário de maconha. Os parentes ficaram revoltados com a ação policial. 

"O pessoal falou que ele estava saindo para jogar bola, porque todo dia a gente vai jogar bola à noite. Os policiais não enquadraram ele. Não perguntaram se era traficante, nem nada. Atiraram nele, mataram a cachorra. Meu irmão não estava armado. Queremos justiça, a gente quer saber por que atiraram", disse um irmão.

Após a ação dos policiais, um vídeo registrou a revolta de moradores e familiares de Tiago após o homem ter sido baleado.

Veja o vídeo:

Os policiais levaram Tiago para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castelândia e depois ele foi transferido para o Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves.

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Os familiares e moradores disseram que existe um hospital mais perto do local, e não entenderam o motivo de os militares terem levado Tiago para a UPA de Castelândia.

Devido à confusão, familiares e amigos de Tiago fecharam a Avenida Industrial, importante via de Novo Horizonte, para protestarem contra a morte do jovem. 

A polícia foi ao local e dispersou os manifestantes, sendo alvo de críticas de moradores novamente por excesso de força.

Na manhã desta terça-feira (26), os moradores continuaram a protestar, de forma pacífica, para pedir justiça pelo caso. 

Tiago Loures da Silva havia completado uma semana de carteira assinada no dia que morreu. O homem deixou esposa e uma filha de dois anos.

A Polícia Civil informou que a ocorrência foi entregue na Delegacia Regional da Serra. O irmão de Tiago e a cunhada dele, que haviam sido detidos, foram ouvidos e liberados,  já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento. 

A arma apreendida será encaminhada para o Departamento de Balística Forense, da Polícia Científica (PCIES), juntamente com as munições. 

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As drogas apreendidas serão encaminhadas para o Laboratório de Química Forense, da Polícia Científica (PCIES), para serem analisadas e, posteriormente, incineradas. 

O caso seguirá sob investigação do Serviço de Investigações Especiais (SIE) do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), que investiga ocorrências de confronto com agentes de segurança do Estado.

O corpo de Tiago foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, em Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.  

*Com informações do repórter Nathalia Munhão, da TV Vitória/Record

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