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Polícia

Justiça manda prender policial por agressão no Aeroporto de Vitória

A Justiça aponta que Deivid Cavalcante Amorim cometeu tentativa de homicídio triplamente qualificado, além de descumprir o uso de tornozeleira eletrônica

Nicolas Nunes

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
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A Justiça Estadual determinou a prisão do policial militar Deivid Cavalcante Amorim, que agrediu duas pessoas no Aeroporto de Vitória Eurico Aguiar Salles, no dia 14 de setembro. O suspeito foi encaminhado ao presídio militar, onde permanece custodiado.

A decisão judicial aponta que Deivid cometeu tentativa de homicídio triplamente qualificado, que descumpriu o uso de tornozeleira eletrônica e que coagiu a esposa, que é uma das vítimas, a mudar o depoimento prestado à polícia. 

O militar também teria praticado o crime de lesão corporal na forma da Lei Maria da Penha, além de furtar o telefone, e a carteira da outra vítima, levando R$ 500.

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Deivid teve a prisão preventiva decretada com amparo nos artigos 311 e 312 do Código Penal, que tratam de adulteração do número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, e apropriação ou desvio, por parte de funcionário público, de dinheiro, valor, ou qualquer outro bem alheio. 

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Na decisão, o juiz Carlos Henrique Rios do Amaral Filho, argumenta que a prisão preventiva se faz necessário uma vez que Deivid tem clara intenção de induzir a erro o sistema de Justiça.

"O Ministério Público aponta que houve alteração fática desde a data em que fora concedida a liberdade provisória a Deivid, no sentido de que o depoimento da esposa na esfera policial apresenta discrepâncias em relação às imagens de videomonitoramento, o que, aliado aos demais elementos dos autos, indica possível coação por parte do denunciado, com clara intenção de induzir a erro todo o sistema de Justiça, sendo assim impossível de se chegar à verdade real se o denunciado permanecer liberto nessa condição até o final do processo e para assegurar a aplicação da lei penal", afirma.
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O juiz também aponta que o policial, após derrubar a outra vítima, continuou a cometer agressões, desferindo socos e chutes na cabeça, e dificultando a defesa do agredido.

"Ao derrubá-lo, continuou a agredi-lo com diversos chutes na cabeça, mesmo após ele já estar desfalecido, provocando intenso sofrimento e dor, caracterizando excesso de brutalidade; e mediante recurso que dificultou a defesa dele, que, ao tentar correr do local, foi derrubado pelo acusado, que passou a desferir diversos socos e chutes, deixando-o sem qualquer chance de reação", declarou. 

Policial poupou vítima de homicídio por aproximação de seguranças e testemunhas

Na decisão, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) descreve o momento das agressões, e aponta que Deivid poupou a outra vítima do homicídio devido à aproximação de seguranças do aeroporto e testemunhas no momento do crime.

O MPES pede, também, a pronúncia do réu, para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e seja condenado, e requer o pagamento de indenização para reparação dos danos causados às vítimas.

Deivid encontrou a esposa e a outra vítima, dentro de um carro, no aeroporto. Ele desferiu um soco na mulher, e ao perceber que o homem tentou sair do veículo, perseguiu e o derrubou no chão, desferindo uma série de chutes e socos logo em seguida.

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A esposa do militar tentou intervir, mas foi impedida com mais um soco de Deivid, que retomou as agressões contra o homem, desta vez, atingindo a cabeça da vítima, que desmaiou. Após o militar deixar o aeroporto, o homem foi socorrida e encaminhada a um hospital.

"O crime foi praticado por motivo torpe, motivado pelo ciúme intenso que Deivid nutria pelo envolvimento romântico entre a esposa e a outra vítima durante o período em que ele e a esposa estiveram separados", aponta o MPES.

Deivid e a esposa se separaram, e nesse período, a mulher se envolveu com a vítima agredida pelo policial. Após esse relacionamento, o militar e a esposa retomaram o casamento.

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