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Polícia

Furto milionário no ES: veja erros do gerente de banco que entregaram plano

A prisão ocorreu por meio de uma ação conjunta da Polícia Civil com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A investigação teve início na segunda-feira (18)

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Videomonitoramento
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O gerente de banco Eduardo Barbosa de Oliveira, de 43 anos, e a namorada dele, Paloma Duarte Tolentino, de 28, presos na quarta-feira (20), na fronteira com o Uruguai, após furto de R$ 1,5 milhão de uma unidade do Banco do Brasil, em Vitória, cometeram uma série de erros que possibilitaram sua identificação. 

A prisão ocorreu por meio de uma ação conjunta da Polícia Civil com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A investigação teve início na segunda-feira (18), quatro dias após o furto, que aconteceu na quinta-feira, 14 de novembro. 

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Segundo o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e titular da Delegacia Especializada de Roubo a Banco (DRB), delegado Gabriel Monteiro, a investigação teve início após uma outra gerente da agência Estilo, localizada na Avenida Desembargador Santos Neves, entrar em contato com a polícia. 

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Ela relatou que o suspeito estava incomunicável desde a manhã de sexta-feira (15) e não apareceu para trabalhar na segunda-feira. Isso levantou suspeitas, uma vez que de acordo com a gerente, uma grande quantia em dinheiro parecia ter sido furtada.

"Havia uma suspeita de até um roubo, um grande valor. Fomos à agência, na Praia do Canto, e percebemos que, de fato, havia sido subtraído um valor de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Quando visualizamos imagens das câmeras vimos que se tratava de um gerente da instituição. Não tivemos acesso ao cofre, porque além de furtar, ele também trocou a senha", contou o delegado. 

O suspeito trabalhava no banco há 12 anos e, além de gerente, era também tesoureiro da instituição. Por ser concursado e ter um cargo de alta confiança, Eduardo nunca levantou nenhum tipo de suspeita. 

Depósito feito pela namorada

Eduardo e Paloma fugiram do Espírito Santo em um carro adquirido por ela. Para comprar o veículo, a suspeita foi ao banco onde o bancário trabalhava no dia do furto para efetuar um depósito de R$ 74 mil. 

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Foi esse o mesmo valor repassado por ele para que Paloma pudesse comprar o carro. Com o fim do expediente bancário, Eduardo foi ao cofre e subtraiu R$, 15 milhão. 

Em imagens das câmeras de videomonitoramento do banco, o suspeito sai da agência com diversos malotes com o dinheiro furtado. 

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Para descobrir o modelo em que o casal havia fugido, bastou com que os policiais fossem à concessionária onde Paloma adquiriu o carro. Lá, conseguiram identificar a placa do automóvel. 

"A companheira dele teria ido na quinta-feira ao banco, na parte da manhã, depositado um valor de aproximadamente R$ 74 mil, que conseguimos descobrir que seria para a compra do veículo para a fuga deles. Conseguimos identificar a concessionária e, com isso, conseguimos a placa desse veículo, o que foi passado para a PRF", disse Monteiro. 

A partir das informações repassadas pela Polícia Civil, a PRF conseguiu prender o casal em menos de três horas após a denúncia, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, já na divisa com o Uruguai. 

Casal havia preparado mudança

Com o furto consumado, Eduardo e Paloma prepararam toda a mudança para o país vizinho. Eles embalaram todos os pertences e deixaram o imóvel. Além disso,o gerente chegou a repassar R$ 20 mil para a ex-esposa, que, segundo ela, seria uma dívida por um carro que os dois adquiriram juntos. 

Toda a mudança teria acontecido ainda no sábado (16), enquanto o casal se preparava para fugir para o Uruguai. 

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Segundo o delegado Gabriel Monteiro, a forma como os suspeitos agiram corrobora a ideia de que todo o crime havia sido premeditado. 

Casal não resistiu à prisão 

Segundo o superintendente da PRF/ES, Wemerson Pestana, após o acionamento da Polícia Civil, a PRF começou a monitorar o veículo adquirido pelo casal, que foi encontrado na BR-158, em Santa Maria. 

No momento da prisão, Paloma teria confessado que o dinheiro estava no porta-malas do carro. 

"O casal não resistiu à prisão. Os colegas lá de Santa Maria já pediram para abrir o porta-malas. O casal estava sendo ousado, rodou mais de 2 mil quilômetros e com dois animais. Ali já identificamos o dinheiro. Na abordagem, a companheira do funcionário público logo avisou o que tinha acontecido e que estavam indo ao Uruguai. Ele não disse nada", relatou Pestana. 

Por nota, o Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna, após a detecção de irregularidades. 

Veja a íntegra da nota:

"O Banco do Brasil informa que a área de segurança identificou o furto, comunicou às autoridades policiais e colaborou nas investigações que levaram à localização e prisão do funcionário".
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