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Polícia

"Empresários do crime" são presos no ES e movimentavam mais de R$ 40 milhões

Quadrilha lavava dinheiro do tráfico de drogas e armas, além de agiotagem. Dez veículos foram apreendidos, a maioria deles de luxo

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: reprodução/sesp
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Empresários suspeitos de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e agiotagem foram presos na Grande Vitória e levavam uma vida de luxo, com carros importados e imóveis de alto padrão.

Segundo a Polícia Civil, eles chegaram a movimentar mais de R$ 40 milhões em esquemas ilegais nos últimos cinco anos. 

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Os acusados atuavam em diversas frentes e, segundo o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), o esquema funcionava da seguinte forma: por meio de empresas de fachada, eles inseriam dinheiro do tráfico de drogas e de armas em contas bancárias. 

Os valores eram movimentados de conta em conta, geralmente administradas por laranjas, até que não pudessem mais ser rastreados e chegasse ao comércio, fazendo com que aparentassem ser dinheiro lícito. 

"Essa organização inseria um dinheiro ilícito por meio de empresas de fachada, no mercado, no sistema bancário, para dar a esse dinheiro a aparência de dinheiro lícito. Então essa organização criminosa utilizava empresas de terceiros, constituía sociedades de forma obscura e movimentava milhões de reais por meio dessas empresas. Agiam como 'empresários do crime'", explicou a titular do Denarc, delegada Larissa Lacerda. 
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Os suspeitos ostentavam uma vida de luxo pelas redes sociais. Todos os envolvidos no esquema são homens de 24 a 39 anos. 

Segundo a delegada, por se tratar de um esquema bem articulado, o processo de investigação levou cerca de um ano para se materializar, uma vez que era preciso rastrear a origem do dinheiro. 

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"Investigações financeiras demoram, essa levou cerca de um ano. Costumamos dizer que seguimos o dinheiro, porque ele entra de uma forma ilícita e sai com uma aparência lícita. É preciso rastrear para identificar a origem ilícita do dinheiro", afirmou. 

Foragido estaria nos Estados Unidos

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Ao todo, cinco homens foram presos. Quatro deles na Serra e um último em Cariacica. Além disso, um sexto suspeito continua foragido. Segundo a polícia, ele estaria nos Estados Unidos após utilizar documentos falsos para entrar no país. 

Além das prisões, também foram apreendidos 10 carros de luxo, além do sequestro de R$ 3 milhões nas contas bancárias dos envolvidos. 

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, também foram apreendidos drogas, armas e outros equipamentos eletrônicos, como computadores e celulares. 

Foto: reprodução/sesp

Por conta disso, além dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, os empresários também responderão por tráfico de drogas. 

"As investigações apontaram que nos últimos quatro anos essa organização criminosa movimentou mais de R$ 40 milhões. Também foi determinado pela Justiça o sequestro de 10 veículos, sendo a maioria deles veículos de luxo, de alto valor comercial. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 3 milhões em contas utilizadas pelos investigados", detalhou Lacerda.  

Para o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, as prisões são importantes para descapitalizar organizações criminosas no Espírito Santo. 

"É uma operação importante para a descapitalização do crime porque retira esse dinheiro da mão desses traficantes e esse dinheiro vai retornar para o Estado e para a própria Polícia Civil para mais investimentos em capacitação e tecnologia, para tirar das ruas essas pessoas que estão enriquecendo ilicitamente", afirmou. 



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