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Polícia

Crime brutal contra adolescente na Serra choca delegado: "Covardia"

Criminosos de Jardim Bela Vista levaram Caíque Conceição Moreira para uma área de pasto, o mataram a tiros e golpes de enxada, e ainda colocarm fogo no corpo

Redação Folha Vitória

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Foto: Sesp/Divulgação
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O titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, afirmou que o assassinato do jovem Caíque Conceição Moreira, de 16 anos, foi o que mais o chocou em 10 anos à frente da divisão. 

O delegado dividiu a informação durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (5), na Chefatura de Polícia, em Vitória. Caíque foi encontrado morto em abril deste ano. 

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"Tenho 10 anos de DHPP e esse crime foi o que mais me chamou atenção pela sucessão de covardia e crueldade feitas contra esse menino", afirmou. 

O crime 

Segundo a Polícia Civil, a vítima já teve participação no tráfico de drogas do bairro Jacaraípe, na Serra. Além disso, o jovem também gostava de ostentar armas de fogo nas redes sociais. 

Caíque foi a um baile funk no bairro Jardim Bela Vista, no mesmo município, acompanhado de dois amigos, no dia 30 de março. Ao chegar ao local, a vítima estava sem camisa e usando uma réplica de fuzil no peito, o que chamou a atenção de traficantes locais. 

Foto: Reprodução TV Vitória
Caíque Conceição Moreira tinha 16 anos
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Sandi Mori explica que a facção que controla o tráfico de drogas em Jardim Bela Vista é rival da de Jacaraípe, foi isso que motivo o homicídio do jovem, que foi autorizado por Jhonatan Ricardo de Souza Carmo, de 33 anos, líder do tráfico no local. 

"O bairro Jardim Bela Vista é dominado por uma facção contrária à que ele exerceu o tráfico. Por esse motivo, eles descobriram e executaram a vítima com crueldade e covardia em um pasto localizado no bairro Jardim bela Vista", relatou. 

Além de Jhonatan, que teria autorizado o crime, outros quatro suspeitos participaram da ação: Davi de Oliveira Santos, conhecido como Cabelinho, Tiago dos Santos, que já estão presos,  e dois menores de idade. 

Foto: Reprodução/PCES
Tiago dos Santos e Davi de Oliveira Santos, o Cabelinho, estão presos

O jovem foi assassinado em um pasto próximo de onde o baile funk acontecia. No caminho até o local, a vítima foi espancada brutalmente pelos criminosos. Ele foi morto a tiros e golpes de enxada. 

"No local da execução, a vítima implorou para não morrer, porém um dos adolescentes efetuou o primeiro disparo de arma de fogo, fazendo com que a vítima caísse ao chão. Um outro adolescente efetuou mais três disparos de arma de fogo. Como a vítima ainda estava viva, tendo o revólver de um dos adolescentes acabado a munição, e o outro quebrado no momento dos disparos, o Davi pegou uma enxada e desferiu três golpes na cabeça da vítima", relatou Sandi Mori. 

Ainda de acordo com o delegado, após os disparos e golpes de enxada, os criminosos saíram do local, porém retornaram ao amanhecer. Foi quando Tiago jogou gasolina no corpo da vítima e Davi ateou fogo. Após a carbonização do corpo, os quatro cavaram uma cova e enterram Caíque. 

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O corpo do jovem foi encontrado no dia 4 de abril, em uma região de mata às margens da Rodovia Audifax Barcelos, na Serra. 

Suspeitos negam o crime 

Foto: Reprodução/PCES
Jhonatan Ricardo de Souza Carmo teria dado a ordem para o assassinato. Ele está foragido

Depois de presos, Tiago e Davi afirmaram estar no baile, mas negaram participação no crime. Apesar disso, a Polícia Civil afirma que há provas suficientes para ligar os dois ao homicídio. 

Os dois menores, por sua vez, confessaram o assassinato. Um dos adolescentes, inclusive, foi morto em um confronto com policiais militares. Já o outro menor aguarda uma decisão da Justiça, em liberdade. 

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Os suspeitos maiores de idade responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, associação criminosa e corrupção de menores. Já o menor, responderá por ato infracional ao crime de homicídio com os mesmos qualificantes. 

Jhonatan, mandante do assassinato do adolescente, segue foragido, de acordo com a polícia. 

*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record 

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