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Polícia

"Pombos-correios": Justiça nega pedido de prisão domiciliar para três advogados envolvidos

De acordo com as investigações, esses advogados levavam informações de dentro para fora dos presídios

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação / Ministério Público
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Três dos 10 advogados presos por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa de Vitória entraram com pedido de substituição de prisão preventiva para domiciliar, mas tiveram a solicitação negada pela Justiça. O grupo é investigado por repassar recados de traficantes presos para quem está fora do presídio.

A conversão de pena foi solicitada pelos advogados Maycon Neves Rebonato, Thatiane dos Santos Silva e Maila Hering e foi revogada nesta segunda-feira (07). Marco Aurélio Souza Rodrigues, que também é suspeito, continua foragido.

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Os advogados foram detidos na última sexta-feira (04) e levados para Departamento Médico Legal de Vitória, para exame de corpo de delito, em viaturas descaracterizadas do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado (Gaeco).

O procedimento de rotina sempre é realizado antes do encaminhamento ao presídio. Um dos alvos, no entanto, não foi encontrado. Segundo o Ministério Público, foram emitidos pela Justiça 11 mandados de prisão preventiva contra advogados que teriam envolvimento com uma organização criminosa de Vitória.

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Além dos profissionais já citados, encontram-se presos os advogados Diego do Amaral Leal, Daniel Ferreira de Souza, Mateus Canizio Marinho de Oliveira, Davi Dickson Meroto Lamas Pereira, Barbara Marcarini Von Randow, Guilherme Nunes Moraes e Ester Morais Dias.

De acordo com as investigações, esses advogados levavam informações de dentro para fora dos presídios, ou seja, eles transmitiam mensagens ilícitas enviadas por detentos para outros integrantes da organização que estão em liberdade.

Dessa forma, permitiam que os líderes continuassem dando ordens quanto ao tráfico de drogas, aquisição de armas e munições, planejamento e execução de assassinatos, mesmo estando atrás das grades.

Os advogados investigados vão responder por tráfico de drogas e por participação na organização criminosa. Além da prisão preventiva, a Justiça determinou a suspensão do exercício da advocacia.

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As diligências foram acompanhadas por representantes da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES).

A Secretaria de Justiça informou que as mulheres deram entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica. Já os homens, estão na Penitenciária de Segurança Média 1, no Complexo de Viana.

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