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Polícia

Líder de facção de SC fornecia armas para criminosos do ES em troca de proteção

O suspeito teria usado um documento falso para conseguir o registro de colecionador de armas e, assim, comprar e vender armas por meios legais

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação/ Polícia Civil
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Um dos líderes de uma facção criminosa de Santa Catarina foi preso no estacionamento de um shopping em Vila Velha. De acordo com a polícia, o homem fornecia armas e drogas para organizações criminosas do Espírito Santo em troca de proteção.

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O suspeito, segundo as investigações, teria usado um documento falso para conseguir o registro de colecionador de arma. Ele comprava e vendida o armamento por meios legais usando os documentos falsificados.

De acordo com informações da Polícia Civil, Renato José Mafiolete, mais conhecido como Renatinho da Tapera, de 35 anos, é um dos líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

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O homem já foi condenado por homicídios, tráfico de drogas, ataques a bases da Polícia Militar, da Polícia Civil e ainda por incendiar ônibus em Santa Catarina. Atualmente, ele estava morando em uma cobertura na orla de Vila Velha. 

Procurado pela Interpol: suspeito fugiu para o Uruguai antes de vir para o ES

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A delegada-adjunta do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), Larissa Lacerda, explicou que o suspeito começou a ser investigado pela equipe capixaba após os policias serem informados que ele poderia estar escondido no Estado.

"O Departamento de Narcóticos da Polícia Civil do Espírito Santo recebeu informações da Polícia Civil de Santa Catariana de que um foragido da Justiça catarinense e membro de uma facção criminosa estava escondido no Estado. Essas informações foram corroboradas pela Interpol, já que esse criminoso também constava na lista deles", disse.

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Renato estava foragido do sistema prisional de Santa Catarina desde 2018. As investigações apontam que, após fugir da prisão, ele teria ido para o Uruguai antes de vir para o Espírito Santo. Renato estaria escondido no Estado há cerca de dez meses.

Suspeito diz que mataria policiais se estivesse armado no momento da prisão 

O chefe do Denarc, delegado Tarcísio Otoni, disse que o suspeito ameaçou matar policiais caso estivesse armado no momento da prisão. Ele deixou a arma no carro no momento em que foi abordado por policiais no estacionamento de um shopping em Vila Velha.

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"Após termos a certeza de onde ele estava, foi montado uma vigilância constante. Após identificarmos que ele saiu para almoçar, aguardamos ele almoçar e, quando ele retornava para o veículo no estacionamento do shopping, conseguimos efetuar a prisão sem nenhum disparo. No momento da prisão, ele lamentou não ter conseguido pegar a arma, porque teria matado dois ou três policiais devido sua especialidade com armamento", disse.

Homem usava documentos falsos para comprar armas como colecionador e tinha proteção de criminosos do ES

As investigações apontam que o homem usou documentos falsos para se tornar uma colecionador e conseguir comprar e vender armas por meios legais.

O delegado explicou que o primeiro documento foi emitido no Pará. Depois, o Renato emitiu uma carteira de habilitação no Paraguai. Ele também havia dado entrada no Certificado de Registro de Arma no Espírito Santo.

Ainda de acordo com a polícia, enquanto esteve no Estado, ele teria fornecido armas para organizações criminosas capixabas em troca de proteção. "Ele estava fornecendo drogas e armas a organizações criminosas capixaba em troca de proteção", destacou Larissa.

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Após a prisão, a polícia irá investigar para quem o suspeito vendeu as armas. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, considerou a prisão de Renato de extrema importância.

"Ele é um criminosos de altíssima periculosidade. Comanda a cadeia do crime em Santa Catarina, tem envolvimento com o Comando Vermelho. Ele consegue fazer uma lavagem a respeito da identidade dele e, com isso, se transforma em uma pessoa lícita, consegue se tornar um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), comprar e vender armas de forma lícita. A prisão dele é de extrema importância", destacou.

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