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Polícia

Saiba tudo sobre ataques em duas escolas de Aracruz

O adolescente de 16 anos matou três pessoas a tiro e feriu outras 13 durante um ataque em duas escolas de Aracruz nesta sexta-feira (25)

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória

*Essa matéria foi atualizada com novas informações

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Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã desta sexta-feira (25). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, duas professoras e uma adolescente morreram. Os crimes aconteceram por volta das 10 horas.

LEIA MAIS: Veja quem são as professoras e estudante vítimas de atirador

Os ataques foram realizados por um adolescente armado com uma pistola .40, pertence a um tenente, pai do jovem, e um revólver 38, arma particular do policial militar.

O criminoso, que não terá o nome divulgado nesta matéria porque é menor de idade e tem 16 anos. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista

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Por nota, a Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informou que a ação de violência que aconteceu na manhã desta sexta-feira (25) foi em uma Escola da Rede estadual, a EEEFM Primo Bitti, e na escola particular, Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).

Foto: Reprodução
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O suspeito chegou ao local a bordo de carro no modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Ele entrou, primeiro na escola estadual, onde atirou contra professoras. Duas morreram.

>> Adolescente usou armas e carro de pai PM em ataques de escolas de Aracruz

Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu para a escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Uma adolescente morreu.

Veja o momento da invasão:

Momento em que ambulâncias chegaram ao local:

Os feridos foram para hospitais de Vitória. O helicóptero de Notaer foi acionado para ajudar no atendimento.

A Prefeitura de Aracruz informou que as aulas em todas as escolas da Rede Municipal foram suspensas nesta sexta-feira (25), atendendo orientação da Polícia Militar.

Casagrande enviou secretários ao local

Após as primeiras informações sobre os ataques registrados, o

governador Renato Casagrande determinou que os secretários de Segurança Pública e Educação se deslocassem até a cidade para acompanhar a apuração dos fatos.

Em uma publicação nas redes sociais, Casagrande também lamentou o fato e destacou que as forças de segurança do Espírito Santo iriam atuar no fato.

Veja relatos de pais e vizinhos de escolas atacadas em Aracruz

Uma vizinha da escola que mora na região há mais de 40 anos contou que nunca imaginou presenciar algo semelhante.

Durante o Balanço Geral, da TV Vitória/Record TV, a mulher disse que levou algumas crianças para casa para ajudar e acolher no momento de tensão após o tiroteio.

"Eu achei que era um acidente. Próximo tem um morro e sempre as crianças caem de bicicleta. Nunca imaginei que seria um tiroteio. Quando cheguei aqui e vi as meninas se jogando pela janela do muro, eu entrei em pânico. O que eu fiz foi abraçar, acolher, gritar, entrar em pânico. Levei algumas para minha casa, fiz uma água com açúcar", disse.
Reprodução Notaer
Reprodução Notaer
Reprodução TV Vitória
Reprodução TV Vitória

A mãe de um dos alunos alvos do ataque também conversou, ao vivo, com o jornalismo da Rede Vitória. Mãe de um jovem de 15 anos que estuda na escola particular alvo dos criminosos, a mulher contou que, segundo o filho, os estudantes estavam no momento do intervalo quando o ataque ocorreu.

"Eu acabei de buscar ele na casa de um colega, para onde ele foi depois que saiu da escola. Ele contou que algumas crianças estavam no pátio da escola, porque era hora do intervalo. Após saberem do ocorrido, os alunos saíram correndo", disse.

Alunos pularam muro para fugir de atirador

Foto: Reprodução TV Vitória

Muito emocionado, o pai de um dos alunos contou que a filha saiu pela janela da escola para fugir do local. A menina, no momento do ocorrido, não tinha noção do que estava acontecendo.

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"Ela contou que ouviu vários estalos. Achou que era uma bombinha. Eles mesmo não sabiam o que estavam acontecendo. Quando perceberam que era grave, correram para uma praça. Todo mundo pulou o muro da escola", contou.

"A maior tragédia que nossa cidade já viu", diz prefeito

O prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, falou com a reportagem do Folha Vitória diretamente de uma das escolas alvo do atentado. Segundo o chefe do Executivo municipal, é a maior tragédia que a cidade já presenciou.

Foto: Reprodução TV Vitória
“Estava em meu gabinete, na Prefeitura, por volta das 10h da manhã, quando me disseram o que tinha ocorrido É a maior tragédia que nossa cidade já viu; a cidade toda está chocada. Na escola estadual, todas as vítimas são professores. Uma tristeza. Já estamos recebendo reforços na segurança, as aulas ficam suspensas até segunda-feira”, disse o prefeito.

Mãe de aluna estava na Bahia quando soube da morte da filha

A mãe da estudante assassinada na escola particular de Aracruz, estava em Eunápolis, na Bahia, e voltou ao Estado assim que soube sobre o ataque.

Abalada, a mulher chegou à escola onde o crime ocorreu no início da tarde. Ela desceu do carro e foi até o portão da unidade escolar. Muito aflita, a mãe bateu no portão pedindo para entrar na escola. Ela foi acolhida por conselheiros tutelares e outras pessoas que estavam no local.

Suspeito foi apreendido

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O suspeito foi apreendido por volta das 14h20. A prisão foi realizada no mesmo município onde ocorreu o crime. O jovem foi localizado após o monitoramento do veículo utilizado por ele para se locomover entre uma escola e outra.

Ele foi encaminhado à Delegacia Regional de Aracruz. Ele chegou ao local acompanhado com da mãe.

Símbolo nazista estava em roupa de atirador

O autor do atentado, que não teve o nome divulgado por ser menor de idade, usava símbolos que remetem ao neonazismo durante o ataque. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25)

O atirador utilizava uma braçadeira com uma suástica e uma máscara de caveira, ou "skull mask", item muitas vezes associados a grupos neonazistas europeus e norte-americanos.

Foto: Reprodução | Câmera de Videomonitoramento

Atirador é ex-aluno de escola e planejava atentado há dois anos

O adolescente de 16 anos era ex-aluno de uma das unidades alvo do ataque. O atirador teria planejado o crime nos últimos dois anos e escolheu esta sexta-feira para colocá-lo em prática. O motivo do crime não foi revelado pelo suspeito, que ainda presta depoimento à polícia.

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O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, explicou que o adolescente estudou na Escola Estadual Primo Bitti até junho deste ano, quando foi transferido para outra escola. O nome da unidade não foi informado.

"Fizemos uma análise rápida. Não estou preocupado com desempenho de nota. Minha preocupação é saber, por exemplo, se ele era aluno especial. Isso poderia indicar alguma situação. Ele não era. E depois se havia na ficha alguma anotação de conflito, também não havia nada. Não há nada além do registro escolar", disse. 

Adolescente usou armas e carro de pai PM em ataques

A polícia apurou que o adolescente usou duas armas do pai, que é policial militar, para cometer os crimes. Ele causou a morte de 3 pessoas e feriu pelo menos outras 13. As informações foram divulgadas pela polícia durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta (25). 

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Foram utilizadas uma pistola .40 e um revólver .38, sendo uma cadastrada como item particular, com registro em nome do pai, e a outra pertencente à Polícia Militar do Espírito Santo.

Família diz que atirador fazia acompanhamento psiquiátrico

Os familiares do adolescente de 16 anos, que invadiu e disparou contra alunos e funcionários de duas escolas em Aracruz, afirmaram que o jovem fazia tratamento psiquiátrico. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa.

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De acordo com o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, apesar da alegação da família, na ficha escolar do adolescente não constava nenhuma observação com relação a questões psiquiátricas.

"Fizemos uma análise rápida. Não estou preocupado com desempenho de nota. Minha preocupação é saber, por exemplo, se ele era aluno especial. Isso poderia indicar alguma situação. Ele não era. E depois se havia na ficha alguma anotação de conflito, também não havia nada. Não há nada além do registro escolar", disse. 


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