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Polícia

Adolescente usou armas e carro de pai PM em ataques de escolas de Aracruz

Segundo informações das investigações, durante coletiva de imprensa, foram utilizadas uma pistola .40 e um revólver .38

Isabella Arruda

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Foto: Hélio Filho/Secom
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O autor dos atentados em duas escolas de Aracruz na manhã desta sexta-feira (25), é um adolescente que usou duas armas do pai, que é policial militar, para cometer os crimes. Ele causou a morte de 3 pessoas e feriu pelo menos outras 13.

As informações foram divulgadas pela polícia durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta (25). Foram utilizadas uma pistola .40 e um revólver .38, sendo uma cadastrada como item particular, com registro em nome do pai, e a outra pertencente à Polícia Militar do Espírito Santo.

O adolescente, que não teve o nome revelado por ser menor de idade, também usou o carro do pai para cometer os ataques. Ele primeiro se dirigiu à Escola da Rede Estadual Primo Bitti, onde já havia estudado, e depois seguiu para a escola privada, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), ambas no bairro Coqueiral de Aracruz. 

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O jovem, que teria 16 anos, utilizou uma roupa camuflada para entrar nos centros de ensino e usava símbolos que remetem ao neonazismo durante o ataque.

Segundo informações apuradas nas investigações e confessadas pelo adolescente, os crimes foram planejados há pelo menos dois anos. Apesar disso, a motivação não foi informada.

“Fomos até o local, cercamos a casa, contamos com o apoio presente do Poder Judiciário. Os pais estavam destruídos com a notícia e colaboraram muito com a nossa ação”, declarou agente da polícia durante a coletiva.

O suspeito foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25). A informação foi divulgada, a princípio, pela Polícia Rodoviária Federal.

Símbolo nazista estava em roupa de atirador

O autor de atentado com arma de fogo em duas escolas de Aracruz usava símbolos que remetem ao neonazismo durante o ataque. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25). 

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O atirador utilizava uma braçadeira com uma suástica e uma máscara de caveira, ou "skull mask", item muitas vezes associados a grupos neonazistas europeus e norte-americanos. 

O atentado foi descrito pelo prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, como a maior tragédia que o município já viu. "É a maior tragédia que nossa cidade já viu; a cidade toda está chocada. Na escola estadual, todas as vítimas são professores. Uma tristeza. Já estamos recebendo reforços na segurança, as aulas ficam suspensas até segunda-feira", disse.

O suspeito já foi detido. Os feridos foram encaminhados para hospitais de Vitória. O helicóptero de Notaer foi acionado para ajudar no atendimento.

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Imagem mostra carro usado por suspeito para ir às escolas

Segundo informações da polícia, o suspeito foi às escolas em um carro modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Primeiro, o homem foi até a escola estadual, onde atirou contra 11 professores, sendo que duas morreram no local.

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Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu à escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Na escola, um adolescente foi baleado.

Adolescente relata pânico no momento de ataque

Uma adolescente de 14 anos, aluna de uma das escolas alvo dos ataques que ocorreram na manhã desta sexta-feira (25), contou ao jornalismo da TV Vitória/ Record TV os momentos de terror e medo que viveu.

"Eu estava no andar debaixo da escola, perto da sala dos professores, sala dos diretores, e tinha uma professora ali perto também. Primeiro, eu escutei um barulho de alguma coisa caindo, só que foi um barulho muito alto, não parecia algo normal", disse.

A jovem contou que ela, a professora e outras pessoas saíram correndo pelo estacionamento. "A minha professora estava ali perto e gritou: 'o que está acontecendo?'. Uma das funcionárias da limpeza passou falando que tinha uma pessoa atirando na escola e chamou a gente. A gente saiu correndo e saímos pelo estacionamento da escola, que estava com o portão aberto".

A adolescente ainda falou sobre o desespero que viveu. "Estava em pânico. Na hora que eu estava correndo, fiquei com medo de cair e desmaiar porque eu fiquei tonta. Foi algo muito desesperador".


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