Senado deve pedir quebra do sigilo telefônico e auxílio da Polícia Federal em caso Thayná
Senador Magno Malta, que preside a CPI dos maus tratos contra crianças e adolescentes, esteve na DPCA nesta segunda-feira e prometeu ajudar a Polícia Civil na investigação do caso
A CPI dos maus tratos contra crianças e adolescentes, do Senado Federal, vai ajudar a polícia do Espírito Santo a localizar a menina Thayná Santos, de 12 anos, desaparecida desde o dia 17 de outubro. Segundo o presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), a comissão vai pedir a quebra do sigilo telefônico do homem suspeito de sequestrar a menina, Ademir Lúcio Ferreira Araújo, que segue foragido.
Segundo o senador, o pedido da quebra do sigilo telefônico do suspeito, por parte da CPI, deve agilizar as investigações. "Por ter poder de Justiça, nós podemos quebrar sigilo mais rápido, tanto sigilo telefônico, quanto sigilo fiscal, e que normalmente demora muito no judiciário. Vamos fazer o pedido da quebra do sigilo amanhã em Brasília, para poder avançar no processo de investigação", afirmou Magno Malta.
Magno Malta também destacou que fará uma solicitação ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal entre no caso, já que a suspeita é de que Ademir esteja fora do Estado.
O senador
"Nós estamos empreendendo todos os esforços na localização e a ajuda da CPI é fundamental, sobretudo diante da visibilidade do trabalho desenvolvido pelo senador e pela CPI dos maus tratos", destacou Lorenzo Pazolini.
Protesto
Na manhã desta segunda-feira (06), familiares e amigos de Thayná fizeram uma manifestação no Centro de Vitória, onde pediram mais rapidez na solução do caso. Além disso, alguns deles participaram de uma reunião, no Palácio Anchieta, com o vice-governador do Estado e com os secretários de Justiça e de Direitos Humanos. O encontro durou quase uma hora e aconteceu a portas fechadas.
O governador Paulo Hartung, que reassumiu o Governo do Estado nesta segunda-feira, também se manifestou sobre o desaparecimento de Thayná. Ele garantiu que as instituições ligadas à segurança pública do Espírito Santo estão empenhadas em elucidar o caso.
"Acho que a família e a sociedade cobram uma ação do governo e cobram corretamente. A cobrança vem no sentido positivo porque o tempo é muito longo, mas nós estamos agindo. Na área governamental, toda vez que a sociedade cobra da gente, ajuda a empurrar o governo para frente e ajuda o governo a dar respostas", destacou Hartung.